Reportagem
Mato Grosso do Norte
A vereadora Cida Sicuto (PSDB) de Alta Floresta, se mostra indignada e surpresa com a informação que estaria sendo investigada pelo Ministério Público por ter apresentado atestado médico, para justificar sua ausência em sessões da Câmara no mês de dezembro e receber o abano.
Com o seu nome cogitado como possível candidata a prefeita na eleição de 2020, Cida pontua que não sabe de onde partiu a denúncia contra ela, mas tem a sua suspeita.
Ela disse que ficou sabendo da investigação pelo WhatsApp e também não tinha visto a notícia em um site, que falava sobre a investigação.
“Ninguém entrou em contato. Fiquei sabendo pelas redes socais. Liguei para o site que fez a matéria, ficaram de me ligar mas não ligaram. Do Ministério Público não recebi nada”, afirma Cida.
Em nota publicada na tarde de quarta-feira, a vereadora questiona o fato de, apesar do procedimento investigatório está correndo em segredo de justiça e nem ela[que além de vereadora é advogada]ter tido acesso à ele, o site afirma que teve acesso aos documentos, em primeira mão.
E na denúncia consta que ela esteve em consulta médica em uma cidade e que o médico cardiologista que lhe atendeu, atestou que ela precisa de três dias de afastamento.
“Diante do conteúdo nebuloso da referida matéria e para esclarecer eventuais dúvidas e repercussões sobre o assunto, se faz necessário esclarecer os fatos que permeiam a notícia”, disse a parlamentar.
Ela confirma que no dia 3 de dezembro de 2018 viajou para a formatura de seu filho, que foi realizada entre os dias 6, 7 e 8. Seu regresso à Alta Floresta estava marcado para o dia 9, a tempo de participar da sessão ordinária da terça-feira, 11 de dezembro.
“Infelizmente no sábado, não estava muito bem, sendo acometida por mal-estar, muita dor de cabeça, fadiga e palpitações, motivo pelo qual agendei uma consulta com o cardiologista da cidade de Francisco Beltrão, para terça feira. Ao consultar o Médico Especialista, após ouvir minhas reclamações, o médico solicitou uma bateria de exames, inclusive cardiológicos. Após retorno na quarta- feira para análise dos exames, sugeriu que aguardasse um pouco mais para sair em viagem. Assim atestou que eu necessitaria no mínimo de três dias de repouso”, explica a vereadora.
A vereadora esclarece que o abono das falta está previsto no Regimento Interno da Câmara. “Retornando à cidade, como prevê o Regimento Interno da Casa de Lei, solicitei o abono das minhas faltas ao Presidente da casa, que diante do exposto, em consonância com art. 213−A, inc. I, atendeu meu pedido no dia 17 de dezembro de 2018, visto que não havia nenhum vício apresentado no atestado”, assegura.
A vereadora disse que está com a consciência tranquila, porque não fez nada de errado. E afirma que está à disposição do Ministério Público para esclarecer qualquer dúvida.
“Tenho todos os meus exames, solicitados pelo profissional que me atendeu, inclusive exame cardiológico e receita médica. Estou à disposição da População e do Ministério Público. Assim que for notificada, prestarei todos os esclarecimentos, bem como juntarei todos documentos comprobatórios que se fizerem pertinentes”, enfatiza.
A parlamentar reitera que não foi procurada para esclarecer os fatos por nenhum meio de comunicação, e que só teve conhecimento do fato através da notícia que foi publicada.
“Ainda não tive acesso ao conteúdo da denúncia. Mas digo que em momento algum fiz algo errado. Reafirmo meu compromisso de zelar e representar os interesses da população com transparência e honestidade”, reitera a vereadora.