José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
O clima em Guarantã do Norte continua em pé de Guerra entre os dois grupos que polarizam o setor político do município. De um lado, os quatros vereadores do PDT [Valter do Sindicato, Celso Henrique, Sílvio Dutra e Nonato Duarte]. De Outro, a base aliada do prefeito Érico Stevan, composta por 5 vereadores [Irmão Alexandre, Zilmar, Socorro, Kátia e David].
Durante a sessão realizada na noite da última segunda-feira, os ânimos dos integrantes dos dois grupos políticos se exaltaram. Houve trocas de acusações, xingamentos e, segundo a Procuradora Jurídica da Câmara, Dra. Elen Caroline Goloni, o vereador Zilmar Assis de Lima (DEM) lhe ameaçou de morte.
A advogada registrou um Boletim de Ocorrência contra o vereador e disse que o fato, desta vez não ficará impune.
“O Boletim de Ocorrência foi feito na mesma noite do fato. Também já acionei a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] local e estadual e todos os procedimentos necessários serão adotados. Por recomendação médica eu não estou conseguindo fazer tudo com a rapidez que eu gostaria. Mas dessa vez não passará impune!”, assegura a Procuradora da Câmara.
Na ocorrência, ela relata que o vereador Zilmar fez uma acusação inverídica, que máquinas da prefeitura tinham realizado serviço na propriedade rural de seu pai. Em voz alta, ela disse que tal fato não era verdade, momento em que começou uma discussão entre os dois e o Presidente encerrou a sessão.
A advogada relata que após o término da sessão, foi até o vereador para esclarecer os fatos, e foi quando o mesmo lhe ameaçou. "você vai ver o que eu faço com você, eu te mato!".
Este, entretanto, não é o primeiro B0 que a advogada registra contra o vereador Zilmar. Em agosto de 2019 Elen registrou um Boletim de Ocorrência, onde acusa o parlamentar de tentar denegrir a sua imagem perante a população, com o objetivo de macular sua competência técnica.
O que diz Zilmar- O vereador Zilmar, defensor ferrenho do prefeito Érico Stevan, nega a acusação e disse que a oposição está ‘armando’ para lhe queimar politicamente e, com isso atingir a imagem do prefeito.
“É improcedente. Posso bater boca, mas não é da minha índole ameaçar ninguém. Ela [a procuradora] não fez nada para que eu pudesse ameaçá-la. É perseguição política”, rechaça Zilmar, afirmando que quando a procuradora se aproximou dele e deu de dedo em sua cara, ele permaneceu calado.
O vereador enfatiza que a oposição se ofendeu porque ele acusou em sua fala na tribuna, que os pedetistas fazem a politica do quanto pior melhor. “Me referi a parceria que a prefeitura tem com os produtores para arrumar as estradas, que a oposição denunciou. A Procuradora se ofendeu porque disse que o pai dela também foi beneficiado pela prefeitura”, disse.
Zilmar afirma que está entrando com uma ação judicial contra a Procuradora Jurídica da Câmara por injuria e difamação e contra o vereador Silvio Dutra que apresentou uma Moção de Repúdio contra ele.
“Eu tenho prova que ela está mentindo, inclusive quando diz no Boletim de Ocorrência que a sessão foi interrompida devido a confusão. A sessão não foi interrompida. A confusão foi depois que terminou. Ela ficou me xingando enquanto eu usava a tribuna, o que não é permitido pelo Regimento. E o presidente da Câmara não fez nada”, acentua.
O vereador apresentou um áudio com uma voz de mulher que afirma ser da assessora do gabinete do presidente da Câmara, Valter do Sindicato, em que ele pergunta se ela que estava perto na hora da briga, ouviu ele ameaçando a Procuradora de morte.
E a voz responde: “vereador eu não vi esta situação. Cheguei vocês já estavam conversando. Mas eu não ouvi o senhor a ameaçando de morte”.
Zilmar reconhece que levou o celular escondido e gravou a declaração da servidora.
O que diz a Câmara- Mato Grosso do Norte perguntou ao presidente da Câmara de Guarantã do Norte, Valter do sindicato, se a mesa diretora irá tomar alguma medida contra Zilmar. E ele pediu para encaminhar o questionamento a um de seus assessores, que deu a seguinte resposta:
“a procuradora Elen está muito abalada e ficou toda a terça-feira hospitalizada, só tendo alta à noite. Na quarta-feira teve que ser medicada novamente. O momento é de dar apoio a servidora. A medida a ser tomada diante de tal descalabro, será avaliada com muita tranquilidade e serenidade. Aguardaremos a recomposição do abalo sofrida pela dra. Elen para tomar as medidas judiciais e administrativas pertinente”, relatou o assessor..
