Reportagem
Mato Grosso do Norte
Paranaíta foi município pioneiro a integrar o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Endemias (ACE), no combate as arboviroses, bloqueio químico oportuno, campanhas de vacinação da raiva animal e atenção redobrada aos pontos estratégicos. A ação deu muito certo e se transformou numa poderosa ferramenta. As visitas passaram de 80 imóveis por dia para 113.
A iniciativa chamada de “O Mapa da Integração”, foi idealizada pelas equipes, Paranaíta teve reconhecimento e foi premiado pelo Governo Federal, como a Melhor Experiência na Região Centro -Oeste em Saúde Pública, finalista na Mostra Saúde com Agente, realizada em dezembro de 2023.
O agente de Endemias do município, Antonio da Silva, disse que a ideia da Integração surgiu há 3 anos, com base na política nacional de Atenção Primária, de integrar os trabalhos dos ACS e ACE.
“Criamos uma metodologia e foram capacitados todas as ACS da zona urbana para o controle e combate das arboviroses. Os próprios ACE capacitaram os ACS para coleta de larvas”, disse Antonio.
Atualmente, conforme Antônio, as ACS trabalham nos imóveis que tem pessoas e os ACE cuida dos imóveis que não tem pessoas, que são os terrenos baldios. Desta forma, sobrou mais tempo para os ACE se dedicarem à trabalhos dentro da Vigilância Ambiental.
A coordenadora de Atenção Básica, Jeane de Souza Pinheiro, relata que o município vinha fazendo vários testes e tentativa de melhorar o funcionamento e fazer o que exige a Pnass [Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde].
Conforme ela, houve algumas frustações até os profissionais entenderem como iria funcionar esta integração. No entanto, os agentes entenderam a importância de o trabalho ser desenvolvido de forma integrada e os resultados estão sendo muito positivos.
“Percebeu a necessidade de ter um suporte maior aos meninos das Endemias e eles à nós. Eles olhavam os quintais, mas todos os meses nós vamos nas casas nas visitas domiciliares para também olhar o quintal e orientar o paciente. Então, entendemos que poderíamos fazer este serviço. Eles nos ensinaram o que teríamos que fazer, por que isto não fazia parte da nossa rotina de trabalho”, explica a agente Comunitária de Saúde e autora do programa, Esmaika Alves Simplicio, enfatizando os bons resultados obtidos a partir da sincronia desta ação entre os agentes ACS e ACE.
Na avaliação geral da equipe, todos abraçaram a causa e os resultados foram altamente positivos, aumentando o índice de cobertura. E houve uma significativa diminuição nos casos de dengues e outras endemias.
