Esta é mais uma das boas notícias relacionadas aos implantes dentários: eles são imunes às cáries. “Isso porque esta é uma doença exclusiva dos dentes, que ocorre devido a um processo progressivo de desmineralização dentária”, explica o Dr. Fábio Bezerra, implantodontista, PhD em Biotecnologia. “Como os implantes são dispositivos de titânio, não há riscos, portanto, de que sejam afetados por esta perda de minerais que leva à formação das cáries”, conclui.
No entanto, quando o paciente, que tem implantes, descuida da higiene oral, fica sujeito a desenvolver um processo inflamatório na mucosa, conhecido como mucosite. E, quando o problema evolui e afeta estruturas ósseas, pode se tornar uma peri-implantite, inflamação dos tecidos ao redor do implante.
“Por isso, é fundamental que a pessoa realize diariamente a escovação após as refeições, sempre com uso do fio dental”, destaca Bezerra. “A prevenção é, sem dúvida, o melhor caminho para se evitar o surgimento destas doenças”, completa.
Ainda segundo o especialista, diferentemente das cáries, a mucosite e a peri-implantite tendem a ser problemas silenciosos, ou seja, não costumam apresentar sintomas. “Assim, as visitas regulares ao dentista, a cada seis meses, tornam-se ainda mais fundamentais para quem tem implantes”.
E mais: embora o implante dentário seja à prova de cáries, nos pacientes com uma condição dentária mista (ou seja, possui implantes intercalados com dentes), o acúmulo de placa bacteriana entre os implantes e os dentes pode provocar cáries na dentição natural. “Vale destacar, portanto, que apenas as pessoas que têm todos os dentes implantados estão livres das cáries”, alerta Bezerra.
Em tempo: os implantes dentários são, hoje, as opções mais recomendadas pelos dentistas quando existe a necessidade de reabilitação de um ou mais dentes perdidos ou extraídos. Além de seguros, eles têm exatamente a mesma função e aparência dos dentes naturais, assim como exigem os mesmos cuidados.
