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Variedades Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 11:22 - A | A

28 de Maio de 2025, 11h:22 - A | A

Variedades / “Raiva do mundo”

Gabriela Duarte abre o jogo sobre a menopausa

Duarte diz que pensou que “precisava ir ao psiquiatra”



DO CENAPOP UOL

A atriz Gabriela Duarte, de 51 anos, contou que achava que estava “ficando louca” e precisava de um psiquiatra quando entrou na menopausa, há dois anos.  A revelação aconteceu durante a 11ª edição do Power Trip Summit, encontro de lideranças femininas do Brasil promovido por Marie Claire. 

 “Entrei na menopausa aos 49 anos, mais ou menos. A gente acha que a gente enlouqueceu, não sabe muito bem o que é, e pensei que precisava procurar um psiquiatra”, começou ela.

No discurso, Gabriela explicou que sentia irritação sem motivo aparente e tinha “raiva do mundo”:

“Foi me dando uma angústia, uma sensação de vazio, um medo enorme. Meu sono, que era maravilhoso, mudou do nada. Eu me sentia irritada, tinha raiva do mundo. Aos 50, ficou tudo ainda pior, até eu entender que tudo aquilo eram os sintomas da menopausa”, continuou.

 A artista contou que nunca conversou sobre o assunto com a mãe, a veterana da TV Regina Duarte:

 “Nós começamos a falar sobre menopausa agora. Até pouco tempo atrás ninguém falava sobre isso. Minha mãe nunca falou comigo sobre isso. Depois que entendi que eu estava vivendo aquilo, eu cresci, fiquei mais forte, me entendi melhor. Ainda bem que hoje a gente fala mais sobre isso”, prosseguiu.

 Gabriela seguiu o discurso falando sobre a competição entre mulheres e as comparações que acabaram se tornando algo comum, mas agora, menos aceitáveis.

 “Não mudou o modo como tentam nos comparar. Desde sempre. [...] A comparação entre as mulheres sendo amigas, colegas de profissão, mães e filhas, sempre foi normalizada. Rivalizar mulheres, infelizmente, ainda é comum. Mas já não é mais tão aceitável”, comemorou.

 “Durante muito tempo, essa lógica foi alimentada pela cultura, pela mídia, por estruturas ou como personagens limitadas a arquétipos. A mais bonita, a mais talentosa, a mais desejada, a mais inteligente, a mais competente. Vocês acham que os homens sofrem com esse tipo de comparação? Não. A sociedade não compara os homens como nos compara, como nos rivaliza? É raro você ver um pai e um filho artistas sendo colocados em lados opostos. Quase sempre, essa relação é tratada como legado, continuidade e admiração. Já entre as mulheres, a trajetória individual costuma ser julgada como uma regra de competição. Quem envelheceu melhor, quem brilhou mais, quem se destacou primeiro. Essa cobrança silenciosa reforça a ideia de que só há espaço para uma mulher, como se o sucesso de uma diminuísse o da outra”, continuou.

 

“Combater essa lógica exige consciência e coragem. Adoro essa palavra: coragem. Acho que mulher tem que ser sinônimo de coragem”, finalizou.

 

Fonte: https://cenapop.uol.com.br/noticias/famosos/gabriela-duarte-menopausa.html

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