Assessoria
ICV
A primeira etapa da construção do Plano Municipal da Agricultura Familiar do município de Alta Floresta foi concluída na semana passada com as oficinas, realizadas nas comunidades rurais, para ouvir os produtores para a apresentação de propostas para a elaboração para nortear as diretrizes do documento para os próximos 10 anos.
O gestor de projetos do ICV, Eriberto Muller, explica que as oficinas comunitárias são o primeiro passo para a construção do plano. Nelas, a ideia é ouvir os agricultores e agricultoras sobre os desafios e metas das principais cadeias produtivas do município.
Desta forma, esta primeira fase foi concluída no dia 23. O trabalho é coordenado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável de Alta Floresta, com apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), Secretaria Municipal de Agricultura e financiamento do Walmart.
“São os agricultores que colaboraram com as informações e as ações que consideram prioritárias para a Agricultura Familiar. Por isso, a importância da participação da categoria nas oficinas”, observa ele.
Na primeira etapa foram realizadas as oficinas com a participação dos agricultores, para coletar dados para construção das propostas para o setor
“A gente quer saber qual é a perspectiva dos trabalhadores, seja de produção, de beneficiamento, comercialização, infraestrutura, saúde, lazer, educação, participação social, governança. Eles também devem falar sobre as oportunidades que já existem”, disse.
O próximo passo será a realização de uma oficina municipal, com a participação do Conselho Municipal e participação de todos os segmentos envolvidos, para formatar as propostas colhidas nas oficinas realizadas com os produtores, para construção do projeto.
O plano pronto será, então, levado para a Prefeitura e para Câmara, para construção de uma Legislação que dê respaldo a tomada de decisões referentes a Agricultura Familiar em Alta Floresta.
“Esse planejamento até hoje nunca foi feito. Alta Floresta não teve até então um plano anterior. A intenção é que seja um documento que sirva de base e aponte o que deve ser feito para que as coisas aconteçam para atender a Agricultura Familiar”, acrescenta Eriberto Muller.
O principal benefício do Plano apontado por Eriberto é o fortalecimento das atividades desenvolvidas por pequenos produtores, com a implementação de políticas públicas construídas com base no que a categoria realmente precisa no seu dia a dia de trabalho.
Ainda, o documento deve ajudar o município a ter respaldo e diretrizes em articulações, visando benefícios para o segmento, em níveis municipal, estadual e nacional.
“Cabe destacar que já existe o Plano Estadual da Agricultura Familiar Estadual. A intenção é que o plano de Alta Floresta venha a convergir com o Plano de Mato Grosso, para que esse diálogo tenha cada vez mais eficácia e eficiência até para os aportes de recurso aqui para o município”, enfatiza.