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Artigo Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014, 00:00 - A | A

17 de Dezembro de 2014, 00h:00 - A | A

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A era da vergonha, da gorjeta e dos desmandos



Um assessor de um deputado reeleito na eleição deste ano, disse numa conversa política que seu chefe está lamentando o fim da era do deputado José Riva na Assembleia Legislativa. Em anos anteriores, reproduzindo o diálogo, as negociações para a composição da mesa diretora eram  concisas e práticas.

O Riva escolhia um deputado para compor com ele os dois principais cargos, os demais deputados, com pouquíssimas exceções, já sabiam quanto iriam receber pelo voto e estava tudo acertado. A única divergência só acontecia quando algum outro deputado também pretendia  estar junto com o Riva na administração do orçamento da casa de legislativa. O escolhido sentia-se como um cara que ganha uma bolada na mega sena. Sabe que vai ficar muito rico, além da suntuosidade de sua posição. Sabe que terá acesso fácil ao dinheiro, poder e mulheres (ou homens, no caso do deputado ser gay).

  Desta vez, com Riva sem mandato, a situação está um pouco diferente. Riva se esforça para colocar um deputado de seu grupo na presidência e na primeira secretaria, de preferência, Mauro Savi e o Romoaldo Júnior, mas não tem a mesma força de antes.

Os deputados  mais veteranos, que ao longo dos anos se habituaram a se vender para o Riva em todas as eleições do parlamento estadual,  temem ficar sem esse dinheiro extra, principalmente agora, após as eleições, quando muitos deputados pretendiam usá-lo para pagar dividas de campanha.

Ser um exímio articulador político, como falam ao citar o soberano da Assembleia durante estes 20 anos, é fácil quando já se sabe o preço da maioria e quando se tem sob seu total controle, um orçamento de mais de R$ 310 milhões por ano.  Ou alguém acredita que o baixinho se manteve no controle da mesa diretora da AL, com os demais de cócoras aos seus pés,  porque os demais deputados achavam que ele era o mais competente entre os 24 parlamentares? É fácil ser líder e bajulado com poder e dinheiro.

O fim da era Riva, pode ser o início do início de uma nova era na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Não custa nada acreditar! Quem sabe os deputados, principalmente os novatos, respeitem mais a sociedade e o voto que receberam.  

Quem sabe agora, o parlamento  estadual  comece realmente a escrever uma nova história. Mude de cara.  Avalio que a maioria da população de  Mato Grosso  gostaria de ver nomes novos entre os deputados, na presidência e na primeira secretaria da Assembleia Legislativa. Se bem que os remanescentes, ávidos por dinheiro,  estão fazendo de tudo para não largar o osso.

Esta mudança faria bem até mesmo para a imagem da instituição. A  AL é vista como um ambiente que quem dá as cartas é o Riva. Que controla uma grande bolada e dá uma boa gorjeta para os outros deputados, que se contentam com as migalhas que sobram da mesa diretora.

Todo mundo sabe que estes caras que estão mamando no dinheiro da Assembleia há anos, estão podres de ricos, como Riva e Mauro Savi, que ficaram bilionários a custa do dinheiro pago pelos contribuintes de Mato Grosso.  Seria bom para a sociedade se esta vergonhosa era Riva realmente tenha chegado ao fim.

 

José Vieira do Nascimento é diretor e editor responsável de Mato Grosso do Norte 

E-mail: [email protected]

 

 

 

 

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