Manoela Regina Alves Corrêa Barros
No dia 08 de outubro foi o Dia Mundial de Cuidados Paliativos e tirei um tempinho para falar com vocês sobre esse tema tão importante. O termo “cuidados paliativos” é derivado da palavra paliar, que significa aliviar, atenuar e proteger.
De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), paliar alguém é “uma forma de cuidado, tendo como objetivo amenizar a dor e o sofrimento”. Esses cuidados são realizados quando o tratamento curativo deixa de fazer o efeito esperado de cura ou redução do tumor.
O objetivo é proporcionar todo o amparo a este paciente, atuando para minimizar as prováveis dores que possam ocorrer, tratar outras doenças paralelas que possam surgir e manter a avaliação cuidadosa e minuciosa do paciente, observando-o integralmente, sejam os sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Recentemente comecei a atuar na Oncologia Adulta do Hospital de Câncer de Mato Grosso nos segmentos oncológicos e cuidados paliativos, além do atendimento particular que presto à sociedade cuiabana e mato-grossense. Percebi que os cuidados paliativos (CP) nos pacientes oncológicos são, na verdade, o início de uma nova vida! Trabalhar com CP mudou ainda mais a minha visão sobre o que realmente importa.
Os pacientes paliativos, ainda mais que os demais, necessitam de um olhar humano, com muita empatia e sinceridade, pois muitas vezes o tempo é tão efêmero que impede um reencontro. Mas não é só tristeza, temos muitas histórias gostosas para contar sobre aquele paciente que conseguiu acompanhar o nascimento do neto, o aniversário da filha e o casamento. Tem aquele paciente que está em acompanhamento há mais de cinco anos e que toda vez que sai da consulta vai comemorar com a família! Enfim, são muitas histórias lindas que dão mais vontade de viver.
Mas não é só tristeza, temos muitas histórias gostosas para contar sobre aquele paciente que conseguiu acompanhar o nascimento do neto, o aniversário da filha e o casamento.
Trabalhar com cuidados paliativos é justamente o contrário, é dar mais vida a vida que as pessoas têm. Aos pacientes que estão neste processo, eu tenho um recado: siga as orientações do médico, ele é seu amigo, curta a vida, tenha fé e esteja ao lado das pessoas que ama. Para aquelas pessoas que não estão nesse processo, desejo o mesmo. Viva a vida enquanto respiramos!
