Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025

Artigo Quarta-feira, 02 de Outubro de 2024, 08:35 - A | A

02 de Outubro de 2024, 08h:35 - A | A

Artigo /

Para uma vida adulta mais feliz, o que devemos ensinar às crianças?

bserve como a criança lida com as frustrações e recompensas, como ela desenvolve a empatia pelos colegas



 

*Rafaela Furlan

Qual imagem você quer ter do seu filho ou filha quando adulto? Muito provavelmente como uma pessoa autoconfiante, independente e feliz com as próprias escolhas, sendo capaz de estabelecer fortes laços com outras pessoas.

Para isso, as soft skills precisam ser desenvolvidas desde a infância. Essas habilidades são um conjunto de características do comportamento que ajuda pessoas a se comunicarem melhor, terem uma autogestão das emoções, resolverem conflitos, tomarem boas decisões e entenderem de forma construtiva diferentes pontos de vista.

Habilidades focadas no comportamento, elas são essenciais, em grande parte, para o sucesso interpessoal e profissional. De acordo com um estudo do Stanford Research Institute e Carnegie Mellon Foundation, 85% do sucesso nos negócios a longo prazo depende de soft skills bem desenvolvidas e apenas 15% de habilidades técnicas.

Mas por que adaptar um conceito tão comum do mercado de trabalho para o universo infantil? O mundo está mudando rápido demais e precisamos encontrar ferramentas para nos adaptarmos.

Na era da depressão e do burnout, as soft skills são uma peça-chave para que as crianças consigam se adaptar melhor a este ecossistema em constante mudança sem prejudicar seu estado mental. Mas primeiro é necessário determinar quais habilidades interpessoais as crianças precisam. Alguns exemplos: mentalidade de crescimento para focar em soluções; coragem e autoconfiança para enfrentar situações de insegurança; autoconhecimento para entender suas próprias emoções; gentileza e empatia para se conectar com outros.

E o que os pais podem fazer dentro de casa para incentivar essas habilidades? O principal é o exemplo. Comece a prestar atenção nas suas próprias atitudes como referência para a criança: imagine uma situação de estresse durante um passeio de final de semana, você respira ou explode? Aqui, já estamos falando da inteligência emocional.

Mais um exemplo: imagine que algo não saiu como planejado. Como você lida com essa situação? Você reclama e não tenta achar outra solução ou enxerga aquela situação como oportunidade para buscar um caminho diferente? Agora estamos falando da mentalidade de crescimento.

E o que os pais podem fazer dentro de casa para incentivar essas habilidades?

Outras vivências que podem ajudar no desenvolvimento são os esportes coletivos e individuais: observe como a criança lida com as frustrações e recompensas, como ela desenvolve a empatia pelos colegas em um momento de pressão e, principalmente, como encontra soluções.

Por fim, existem os livros: busque histórias que inspirem atitudes, que expliquem suas emoções e os ajudem a realmente enxergar suas características como superpoderes. Sem dúvidas, teremos uma geração muito mais empática e autoconfiante no futuro.

*Rafaela Furlan é administradora de empresas, pós-graduada em Marketing, empreendedora e mentora de soft skills. Publicou o livro “O polvo das pernas coloridas” em coautoria com a educadora parental Claudia Waldmann para desenvolver habilidades comportamentais na infância

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]