Dionéia Martins/ Mato Grosso do Norte
Na sexta-feira, 31/10, marcou um capítulo histórico para a Associação Amigos dos Autistas (AMA) de Alta Floresta. Fundada em 2016, a entidade passou a contar, pela primeira vez, com uma sede própria, um sonho cultivado ao longo de quase uma década e que, segundo seus integrantes, dará novo impulso ao atendimento de crianças e famílias com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA).
A presidente da AMA, Cassiane do Nascimento, não escondeu a emoção ao falar sobre a conquista. “É um sentimento de prazer misturado com dever cumprido. Finalmente temos um espaço para ser referência para a comunidade autista aqui de Alta Floresta”, afirmou.
Ela destaca que o número de diagnósticos aumentou nos últimos anos — fenômeno observado não apenas na região, mas em todo o mundo. “Realizar esse sonho significa desenvolver nossos projetos de forma mais adequada e oferecer um suporte melhor às famílias. Para nós, é muito gratificante”.
Até então, o trabalho era feito sem um ponto físico fixo. O acolhimento acontecia majoritariamente por telefone e WhatsApp, e os encontros com pais e responsáveis eram realizados em escolas, na Câmara de Vereadores ou em outros espaços cedidos. A nova sede representa, portanto, um avanço estrutural e simbólico para a associação.
A presidente reforça que, apesar da comemoração, há muito a ser feito. “A luta continua, talvez até maior agora, porque a responsabilidade aumentou”, observou. Boa parte da diretoria é formada por mães atípicas, que se dividem entre família, trabalho e voluntariado. Entre as prioridades, Cassiane cita o diálogo constante com representantes da Saúde e da Educação para assegurar que os direitos já previstos em lei sejam, de fato, aplicados.
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Com a nova casa, a AMA espera ampliar o apoio, as orientações e os encaminhamentos necessários para garantir o desenvolvimento integral das crianças autistas do município. A inauguração, mais do que abrir portas, reforça o compromisso com uma causa que exige persistência, sensibilidade e união.
