Dionéia Martins/ Mato Grosso do Norte
A construção de uma rotatória na entrada de Alta Floresta, que já ultrapassa 100 dias em execução, sob responsabilidade da concessionária Via Brasil, tem gerado forte insatisfação entre empresários instalados no entorno do canteiro de obras. Eles relatam prejuízos significativos, queda no movimento e dificuldades diárias de acesso aos estabelecimentos.
A rotatória está sendo construída na perimetral Rogério Silva e MT-208, perímetro urbano de Alta Floresta. E a programação inclui também uma rotatória na entrada principal da cidade.
Segundo comerciantes, a intervenção, que deveria melhorar o tráfego, tem se prolongado além do esperado. Poeira constante, sinalização improvisada e bloqueios parciais tornaram o acesso limitado, afastando clientes. Em alguns casos, a queda nas vendas chega a 40%.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Alex Fabiano Cavalheiro, critica a falta de previsibilidade, alegando que os empresários não foram informados sobre prazos e impactos. “A falta de organização, de um prazo pré-estabelecido… Ninguém sabe quando essa obra vai terminar”, afirmou. Ele adiantou que a CDL deve consultar os empresários prejudicados e acionar o Ministério Público para cobrar respostas da Via Brasil.
Na semana passada, durante audiência pública na Câmara Municipal, o empresário Rodrigo Arpini, presidente da Associação Alta-florestense de Empresas Loteadoras (AAEL), lembrou que, em audiência realizada em março pela Ager e Sinfra, o projeto das rotatórias foi amplamente contestado pela população. Mesmo assim, segue sendo executado sem alterações.
“Uma obra que deveria durar 40 dias vai levar um ano. A população questionou, ninguém quis, mas está sendo executada da mesma forma”, lamentou.
Ninguém sabe quando essa obra vai terminar
Após a repercussão da demora na imprensa local, a Via Brasil divulgou nota afirmando que as obras começaram em 18 de julho, nos quilômetros 147 e 148 da rodovia. Segundo a concessionária, o objetivo é aumentar a segurança e melhorar o fluxo de veículos. A empresa também afirma adotar medidas de controle de tráfego, como sistema “pare e siga”, sinalização, cones e caminhões-pipa para amenizar a poeira. A previsão de conclusão é até o fim de 2025.






