Segunda-feira, 09 de Junho de 2025

Atualidades Domingo, 08 de Junho de 2025, 20:01 - A | A

08 de Junho de 2025, 20h:01 - A | A

Atualidades / Censo

Católicos ainda representam maioria dos mato-grossenses com 56,7% da população



Reportagem/ IBGE

Mato Grosso De acordo com os dados do Censo 2022, Mato Grosso possuía 3,09 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade. Dentre elas, 56,7% se declararam católicas, o que representa cerca de 1,7 milhão de pessoas — proporção semelhante à média nacional.

O município de Poconé apresentou o maior percentual de católicos (83,4%, ou 22,2 mil pessoas), enquanto Colniza registrou a menor proporção (40,1%, ou 8,6 mil pessoas). Em 2010, os católicos representavam 63,9% da população, o que indica uma queda de 7,2 pontos percentuais em 12 anos. Em 2022, os evangélicos representavam 30% da população mato-grossense com 10 anos ou mais de idade, o equivalente a aproximadamente 927 mil pessoas. Rondolândia destacou-se como o município com a maior proporção de evangélicos, com 45,8% da população local (cerca de 1,2 mil pessoas).

Por outro lado, Poconé registrou a menor proporção, com 14,5%. A participação da religião Espírita em Mato Grosso teve uma pequena queda entre os Censos de 2010 e 2022. A proporção da população que se declarou espírita passou de 1,3% para 1,1% no período, aproximadamente 33,6 mil pessoas no estado. Barão de Melgaço, no entanto, se destaca como o município com maior presença espírita proporcional, com 4,6% da população local. Segundo o Censo 2022, as religiões de matriz africana — umbanda e candomblé — apresentaram um crescimento expressivo em Mato Grosso.

Em 2022, representava 0,4% da população com 10 anos ou mais de idade, totalizando cerca de 13 mil pessoas. Cuiabá era o município com maior proporção de pessoas nesta religião, com 1%, cerca de 5,5 mil pessoas. Em 2010, esse percentual era de somente 0,06%, o equivalente a 1,5 mil pessoas, indicando um aumento de mais de oito vezes no período. Pela primeira vez, o Censo incorporou uma categoria específica para as religiões de matriz indígena, denominada “Tradições indígenas”.

O Censo Demográfico de 2022 mostrou que, das pessoas acima de 10 anos de idade que se declararam brancas em Mato Grosso, 60,6% se identificavam como Católicas, enquanto 27,1% se identificavam como evangélicas e 6,9% sem religião

Em Mato Grosso, 0,35% da população com 10 anos ou mais — cerca de 10,8 mil pessoas — declarou seguir essas tradições. Gaúcha do Norte apresentou a maior proporção de adeptos no estado, com 16,7% da população local (aproximadamente 1,1 mil pessoas), ocupando a 5ª posição no ranking nacional.

Entre os 20 municípios brasileiros com maior proporção de seguidores das Tradições Indígenas, cinco estão em Mato Grosso: Gaúcha do Norte (16,7%), Santo Antônio do Leste (11,9%), Santa Terezinha (11,7%), Alto Boa Vista (10,5%) e Campinápolis (8,7%).

O grupo “Outras religiosidades” compreendeu as declarações de multirreligiosidade e as declarações de religiosidade mal definidas, conforme Apêndice 1. Mato Grosso apresentou 3,1% de sua população, ou 98,1 mil pessoas (entre os grupos apresentados na publicação de divulgação figuram os Ortodoxos, Israelitas, Maometanos, Budistas, Xintoístas, Positivistas etc.).

O município União do Sul possuía o maior percentual de religiosos desse grupo, com 8,2%. Em 2022, 8,1% da população de Mato Grosso com 10 anos ou mais de idade declarou não possuir religião, correspondendo a aproximadamente 251,9 mil pessoas. Já em 2010, esse percentual era de 7,6% (ou 194,4 mil pessoas), indicando um acréscimo de 0,5% ou cerca de 57 mil pessoas a mais no período.

Nova Nazaré figura como o município mato-grossense com maior proporção de pessoas sem religião, com 23,6% e é o 31º município no país. Cor ou raça O Censo Demográfico de 2022 mostrou que, das pessoas acima de 10 anos de idade que se declararam brancas em Mato Grosso, 60,6% se identificavam como Católicas Apostólicas Romanas, enquanto 27,1% se identificavam como evangélicas e 6,9% como sem religião, para os maiores percentuais.

Para as pessoas de cor ou raça preta e parda foram registrados os maiores índices dentre os que se identificaram como evangélicos, com números bem semelhantes entre eles (31,6% para as pessoas de cor ou raça preta e 31,0% para os pardos).

Quando verificamos os números para as pessoas de cor ou raça amarela, 8,7% se identificaram como sendo de outras religiosidades, sendo o maior percentual para este grupo religioso.

Dentre as pessoas que se declararam de cor ou raça indígena, 34,4% se identificaram como católicos e 24,9% disseram seguir tradições ou crenças indígenas - o segundo maior índice do país, somente atrás do Tocantins (30,1%).

Na distribuição de cada grupo religioso por cor ou raça, as pessoas de cor ou raça parda compunham a maioria dos adeptos das diferentes religiões pesquisadas em Mato Grosso, sendo:

· 54,6% dos católicos;  

· 58,6% dos evangélicos;  

· 52,9% dos Umbandistas e Candomblecistas;

 · 52,9% de seguidores de outras religiosidades e;  

· 56,9% das pessoas sem religião  

As exceções se deram dentro do grupo Espírita (onde 46,8% de seus seguidores eram brancos e 42,6% eram de cor ou raça parda) e para as pessoas que declararam seguir tradições indígenas - grupo este composto por 94,1% de pessoas que se declararam como sendo de cor ou raça indígena.

Alfabetização  

Ao analisar as taxas de analfabetismo da população mato-grossense, segundo os grandes grupos de religião, nota-se que as tradições indígenas (19,5%), os católicos apostólicos romanos (6,2%) e os evangélicos (5,3%) foram os grupos religiosos que apresentaram as maiores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade. Os grupos religiosos com as menores taxas de analfabetismo foram pessoas que se declararam espíritas, com 1,6%, e os umbandistas/candomblecistas, com 2,2% de analfabetos.

Quanto ao nível de instrução das pessoas de 25 anos ou mais de idade, os dados para Mato Grosso revelaram algumas diferenças entre os grupos de religião. Os resultados indicam que os espíritas são os que apresentam os menores percentuais de indivíduos sem instrução e com ensino fundamental incompleto (12,2%) e os maiores índices para as pessoas com o ensino superior completo, com 54,2% - um índice cerca de 3 vezes maior comparado ao total das pessoas acima de 25 anos com o ensino superior completo em Mato Grosso (18,6%).

Entre os católicos romanos, o maior percentual registrado foi entre as pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, com 36,8%, sendo que somente 19,1% de seus fiéis possuem ensino superior completo. Quanto aos evangélicos, 35,9% das pessoas são sem instrução ou possuem somente o ensino fundamental incompleto.

Para os umbandistas e candomblecistas, o maior índice foi registrado para as pessoas com ensino médio completo e superior incompleto, enquanto 51,6% das pessoas que seguiam tradições ou crenças indígenas não tinham instrução ou possuíam apenas o ensino fundamental incompleto.

Condição de ocupação dos domicílios

Sobre a condição de ocupação dos domicílios, os resultados evidenciaram que 67% da população de 10 anos ou mais residente em Mato Grosso viviam em domicílios próprios de algum de seus moradores. Entre os grupos religiosos, os adeptos de tradições ou crenças indígenas são o grupo com o maior percentual de pessoas vivendo em domicílios próprios com 89,2%, seguidos dos espíritas com 74,7%. Por outro lado, os umbandistas e candomblecistas são os que possuem o menor índice de residentes em domicílios próprios, com 54,3% - este grupo religioso também apresentou o maior percentual para as pessoas que vivem em domicílios alugados, com 41,4%. Para domicílios cedidos ou emprestados, o grupo de pessoas que declarou não seguir religiões apresentou o maior índice (7,3%).

Existência de internet no domicílio  

Tendo servido como um indicador da desigualdade econômica, estando ligada a variáveis como renda e escolaridade, a existência de internet nos domicílios também foi pesquisada pelo Censo Demográfico em 2022. Dentre os grupos religiosos, 97,2% dos moradores de domicílios particulares permanentes de 10 anos ou mais de idade que se declararam espíritas em Mato Grosso tinham acesso à internet em seus domicílios, a maior proporção registrada para os grandes grupos de religiões, enquanto o menor percentual foi registrado entre os moradores adeptos de tradições indígenas, com 49,5%. Em todos os outros grupos religiosos, o percentual de residentes com acesso à internet em seus domicílios ficou acima de 85%.

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