José Vieira do Nascimento
Mato Grosso do Norte
O chefe do Escritório Regional da Empaer em Alta Floresta, Leocir José Delani, elogiou o esforço dos deputados estaduais em reconhecer a importância do trabalho realizado pela Empaer- Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural- em não aprovar a decisão do governador Mauro Mendes, de extinguir a empresa.
Segundo ele, com a transformação da empresa em um Instituto, as condições de trabalho vão melhorar e a Empaer continuará executando a sua função de atender e assistir a Agricultura Familiar em Mato Grosso.
Leocir observa que a Empaer foi levada a situação de crise em que se encontra atualmente, por causa de outros órgãos do governo, como a Casemat – Companhia de Armazéns e Silos de Mato Grosso e Codeagri – Companhia de Desenvolvimento Agrícola- que foram incorporadas ao patrimônio da Empaer.
Segundo ele, as dívidas não eram da Empaer. “A Casemat e Codeagri tinham patrimônio, mas estes bens foram sendo doados pelos próprios governo e as dívidas ficaram para a Empaer. Mas na verdade, a Empaer não tinha estas dívidas e sempre prestou um importante trabalho para os pequenos e médios agricultores”, enfatiza.
Em 2018, de acordo com Leocir, somente a Regional de Alta Floresta, foi responsável pelo recebimento de R$ 7 milhões de recursos que foram encaminhados ao Estado pelo governo federal, pelo trabalho de assistência técnica para 2.500 famílias de produtores, através de chamada pública.
“Este recurso caiu na conta única do governo estadual e a Empaer não teve acesso a ele por causa do CNPJ que está com restrição”, disse.
Funcionário efetivo da empresa, Leocir acredita que com o novo presidente da Empaer, Reinaldo Loffi, que é da área, e a transformação da empresa em Instituto, deverá ocorrer uma reversão do quadro deficitário.
“O funcionalismo da Empaer apoia este decisão. Haverá cortes dos cargos comissionados e com um novo CNPJ, a empresa poderá acessar recursos e investir em sua reestruturação. Hoje, além de não termos recebido o salário ainda, a Empaer precisa ser estruturada com novos veículos para os trabalhos dos técnicos no campo, e computadores nos escritórios. Mas estamos confiantes. Reconhecemos que a Empaer precisa de ajuste para melhorar, mas sua função é de grande importância para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e sua extinção traria um retrocesso”, analisa.