Domingo, 08 de Setembro de 2024

Atualidades Segunda-feira, 21 de Setembro de 2020, 00:00 - A | A

21 de Setembro de 2020, 00h:00 - A | A

Atualidades /

Garrafas pets, sacolas plásticas, copos e latas | Descarte de lixos não orgânicos inundam ruas de Alta Floresta



 Reportagem
Mato Grosso do Norte

Este ano, Alta Floresta integrou pela primeira vez como participante do Dia Mundial da Limpeza (World Cleanup Day), ação mundial visa promover a mobilização de voluntários para a limpeza dos espaços públicos nas cidades, comemorado no dia 19 de setembro. Em 2020, mais de 180 países se mobilizaram para uma ação de 24 horas de limpeza, que visa conscientizar a sociedade para um problema maior, o descarte irregular de resíduos sólidos urbanos.
O tema da campanha em 2020 no Brasil é “cada um limpa o seu quadrado”. Entretanto, paradoxalmente em Alta Floresta, o descarte de material como sacolas plásticas, copos e talheres, garrafas pets, latas de cervejas e refrigerantes, restos de material de construção, sofás velhos, fogões e até geladeiras, nas ruas e nas vias de acesso dos entornos da cidade, é uma prática constante por parte da população, que não tem consciência dos danos que esses materiais causam ao Meio Ambiente.  Quando jogadas pelas ruas, as sacolas plásticas e as garrafas são levadas pelo vento e acabam entupindo bueiros e contribuem para as inundações das cidades, além de outras consequências como a contaminação da natureza através da liberação de substancias tóxicas.   
Como em Alta Floresta não existe Legislação para coibir este tipo de atitude e nem fiscalização por parte do poder público, moradores descartam uma grande quantidade de sacolas plásticos e outros tipos de lixo nas ruas. 
A situação poderá se agravar e se transformar em um grave problema ambiental nos próximos anos. Principalmente porque a cidade está passando por um processo de crescimento efetivo na quantidade de moradores. 
 Nos últimos 8 anos, foram liberados pela prefeitura de Alta Floresta, 30 novos loteamentos na área urbana. Mais gente significa também maior consumo e maior produção de lixo. E se este lixo não ter um descarte ambientalmente sustentável, as consequências são iminentes.   
O lixo jogado nas ruas acaba indo para os esgotos, dificultando a passagem de água nestes canais, e acabam sendo levados para os leitos dos córregos, causando as poluições e as inundações.  

Uma fonte da prefeitura de Alta Floresta, que pediu para não ter seu nome revelado para evitar conflitos em função do período eleitoral, diz que o erro da prefeitura é não multar este tipo de atitude. No entanto, observa que cada cidadão deve ter consciência e não jogar este tipo de lixo nas ruas.

“O lixo orgânico é responsabilidade da prefeitura fazer o recolhimento. Estamos recolhendo também as folhas que os moradores juntam e deixam dentro de sacos para a prefeitura coletar. Mas a pessoa que joga sacolas na rua, garrafas pets, móveis e utensílios velhos, deve ser responsabilizada pelo que está fazendo. Para termos uma cidade limpa, a população tem que se conscientizar. Nas cidades civilizadas, nem  filtro de cigarros se joga nas ruas. Se chegar um visitante em Alta Floresta vai pensar que a população não colabora com a limpeza da cidade. A prefeitura deveria multar quem age desta maneira”, observa.
Para esta fonte, outra falha da prefeitura é não fazer campanha para conscientizar a população sobre as consequências que estes lixos jogados nas ruas, trazem. “Nas ruas do centro da cidade tem uma equipe da prefeitura que recolhem estes materiais, mas nos locais mais afastados não tem e para ter uma cidade limpa vai depender da consciência da população”, disse.   
Produtos plásticos de uso único, aqueles com vida útil efêmera, são a maior preocupação dos ambientalistas, por serem descartados imediatamente após sua utilização. Entre 35% e 40% da produção atual é composta por esse tipo de material, nos quais se incluem copos, sacolas, canudos, embalagens e talheres descartáveis. Os demais são produtos de longa duração, uma gama diversificada de itens que vai de celulares a peças automotivas, de tubulações para água e esgoto a equipamentos médicos e de informática.
“Descartamos uma quantidade de plásticos de uso único a uma velocidade que a natureza não consegue absorver”, constata a especialista em gestão ambiental Sylmara Lopes Gonçalves Dias, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), contactada por Mato Grosso do Norte. “Se tivermos materiais ou mesmo plásticos que tenham maior durabilidade e não sejam jogados fora tão rapidamente, vamos reduzir bastante a escala dos produtos descartados.”

tempo para cada material leva se decompor

- Cascas de frutas de 1 a 3 meses 
– Papel 03 a 06 meses 
– Pano de 6 meses a 1 ano 
– Chiclete 05 anos 
– Filtro de cigarro de 05 a 10 anos 
– Tampa de garrafa 15 anos 
– Madeira pintada 15 anos
– Nylon mais de 30 anos
– Sacos plásticos de 30 a 40 anos 
– Lata de conserva 100 anos
– Latas de alumínio 200 anos 
– Plástico 450 anos
– Fralda descartável 600 anos 
– Garrafas de vidro – indeterminado
 – Pneu- indeterminado
– Garrafas de plástico (pet) -tempo indeterminado 
– Borracha- tempo indeterminado 
– Vidro 1 milhão de anos.

 

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]