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Atualidades Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019, 00:00 - A | A

30 de Outubro de 2019, 00h:00 - A | A

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Mato Grosso deve movimentar R$ 201 milhões com cigarros ilegais



FSB Comunicações

Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência aponta que o contrabando continua respondendo pela maior parte dos cigarros consumidos no Mato Grosso: 58% de todos os cigarros que circulam no Estado são contrabandeados do Paraguai. O montante irá movimentar cerca de R$ 201 milhões apenas neste ano. 
Esses números representam um recorde histórico da participação do cigarro ilegal no mercado mato-grossense e pode ser atribuído a três fatores: redução no número de apreensões (-76%), aumento da participação de mercado de cigarros nacionais ilegais de 5% para 7% e a redução do preço médio do cigarro ilegal. Segundo o Ibope, o cigarro ilegal no estado passou de R$ 4,43 para R$ 4,26 enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo para o cigarro legal no Brasil é de R$ 5,00. 
Perda de R$ 108 milhões - O levantamento mostrou que das 10 marcas mais vendidas no Estado, quatro são contrabandeadas e juntas respondem por 53 % do mercado. A campeã de vendas é a ilegal FOX que lidera com 44% de participação. Para se ter uma ideia, se todos os pontos de participação de mercado ilegal fossem convertidos em produto legal seriam gerados apenas em ICMS a arrecadação de R$ 87 milhões e de IPI proveniente do FPE (Fundo de Participação do Estado) cerca de R$ 31 milhões para os cofres estaduais para serem revertidos em saúde, segurança e educação, por exemplo. 

O contrabando - O Ibope apontou crescimento no mercado ilegal de cigarros pelo sexto ano consecutivo: 57% de todos os cigarros consumidos no país em 2019 foram ilegais, sendo que 49% foram contrabandeados (principalmente do Paraguai) e 8% foram produzidos por fabricantes nacionais que operam de forma irregular. Com isso, 63,4 bilhões de cigarros ilegais inundaram as cidades brasileiras. O número deste ano representa um crescimento de 3 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2018. Com isso, a arrecadação de impostos do setor será inferior à sonegação causada pela ilegalidade: R$ 11,8 bilhões contra R$ 12,2 bilhões. Esse valor, se revertido em benefícios para a população, poderia ser usado para a construção de 5,9 mil Unidades de Pronto Atendimento, 21 mil Unidades Básicas de Saúde ou 8,6 mil creches.

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