Reportagem / Mato Grosso do Norte
O morador Hélio Beregula, residente da Rua Carlos Augusto Brito de Barros, no bairro Cidade Bela, denuncia o que chama de descaso por parte da Prefeitura de Alta Floresta. Segundo ele, há quase um mês máquinas da prefeitura passaram pela rua, abriram buracos com a promessa de recuperação asfáltica, mas desde então os serviços foram abandonados.
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Rua asfalta segundo ele, com pouco morador
“Tem 20 dias que vieram aqui e só riscaram. Nunca mais voltaram. Eu não consigo nem sair de carro de dentro de casa. Está tudo esburacado. É um abandono completo”, desabafa Hélio. O morador afirma que, enquanto sua rua está praticamente intransitável, obras de asfalto têm sido realizadas em regiões com pouca ou nenhuma habitação, mas onde vivem parentes de autoridades locais.
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“Estão fazendo asfalto nos bairros que nem pagam IPTU, onde os lotes nem são documentados. Mas como são parente de vereadores, asfaltam. Aqui, a gente paga imposto, mas nada é feito”, critica. Ele cita como exemplo uma rua asfaltada recentemente onde, segundo ele, vive o cunhado de um vereador. e outra onde mora o sogro de outro.
“Só tem três casas de um lado. Do outro, é só mato e represa. Mesmo assim fizeram o asfalto lá”.
Hélio também aponta que problemas de infraestrutura agravam a situação. Segundo ele, há rompimentos constantes de encanamento, o que tem provocado vazamentos e, em alguns dias, até falta de água nas casas. “Está escorrendo água pela rua. Toda hora fura um cano, a gente fica sem água aqui em casa. E ninguém aparece pra consertar”.
Segundo ele, a situação afeta o comércio local e cita a Peixaria Seva como exemplo, que também fica na mesma rua e sofre com a falta de acessibilidade.
“Lá ninguém nem anda. O povo daqui aceita muita coisa calado, mas eu não. Aqui está impossível”. Hélio conclui com um apelo, dizendo que há moradores com dificuldades de locomoção na região e que não conseguem sequer entrar ou sair de casa com segurança.
“Tem gente que precisa sair de cadeira de rodas. Olha a situação disso aqui. É só buraco, não dá pra passar na rua. Só dá passando por dentro do terreno dos outros. E do tempo que parou de chover até hoje, ninguém apareceu nem pra olhar”.