Dionéia Maertins
Mato Grosso do Norte
A Prefeitura de Alta Floresta deu início à implantação de um novo sistema de sepultamento no Cemitério Municipal Jardim da Saudade. A medida, segundo a gestão, é necessária devido à escassez de espaço e às exigências ambientais. A partir do momento que finalizar a obra, os enterros só poderão ocorrer em estruturas conhecidas como gavetários modelo vertical que substitui o tradicional sepultamento direto no solo.
“Estamos enfrentando um problema sério de falta de espaço. O cemitério já tem muitos anos e está praticamente lotado. Com o crescimento da cidade, foi necessário buscar uma alternativa mais sustentável”, explicou o secretário de Cidade, Paulo Moreira.
A nova estrutura já começou a ser construída e será implantada por etapas. Conforme o engenheiro civil Fernando Fontenele, responsável pela obra, o projeto prevê 24 blocos de gavetários, com 150 unidades cada. A estimativa é de que cerca de 400 gavetas sejam entregues por ano.
“Já temos os primeiros blocos em execução. Tudo está sendo feito com licenciamento ambiental e dentro das normas exigidas”, garante Fontenele.
Outro ponto importante da mudança é a nova regulamentação: não haverá mais venda das sepulturas. Em vez disso, será cobrada uma taxa de uso, como já ocorre com os serviços funerários atuais. Após cinco anos do sepultamento, será obrigatória a exumação dos restos mortais, que poderão ser transferidos para um ossário público também em fase de implantação.
Sistema para sepultamento em gavetas está sendo construído no cemitério
“A medida visa garantir que o espaço possa continuar atendendo a população nas próximas décadas. Já estamos trabalhando em um projeto de lei para formalizar esse procedimento”, explicou Moreira.
Enquanto os gavetários não forem concluídos, os enterros ainda ocorrerão provisoriamente no solo, dentro da área disponível. No entanto, a nova regra já proíbe que novos túmulos sejam abertos diretamente na terra, como era feito anteriormente. Os sepultamentos antigos permanecem preservados e não serão afetados.
Além de ampliar a capacidade do cemitério, o novo modelo busca organizar o espaço urbano de forma mais eficiente, respeitando as normas ambientais vigentes. “Conquistamos todas as licenças junto à SEMA.
Antes, o cemitério operava sem licenciamento. Hoje, tudo está regularizado da licença prévia até a de operação”, frisou Fontenele.
