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Atualidades / Alta Floresta

Mortandade de peixes intriga moradores em Alta Floresta

Morte dos peixes pode estar sendo causadas por vazamento de esgoto para dentro do carrego



Dionéia Martins
Mato Grosso do Norte

Desde a semana passada Alta Floresta está vivendo uma cena difícil de ser ignorada: dezenas, talvez centenas de peixes de diferentes espécies boiando sem vida ou lutando para respirar no córrego próximo a cidade. O fenômeno foi registrado em um ponto aos fundos do bairro Vila Nova.

A água turva, de tom esverdeado, denuncia o desequilíbrio. O cheiro forte dos animais em decomposição já se espalha pelas margens. Entre os peixes encontrados mortos estão cacharas, acará-açu, bagres, piranhas, lambaris e corimbas. Espécies que, segundo moradores, raramente são vistas em córregos menores, agora surgem em grande número, agonizando na superfície.

A equipe do Jornal Mato Grosso esteve no local registrando a mortandade de peixes que já acontece há quase uma semana. Moradores que passam pelo local param para ver a triste realidade do rio que antes respirava vida.

“É de cortar o coração. Nunca vimos algo assim por aqui. Parece contaminação de esgoto. A água está muito suja, com cheiro de carniça”, relatou um morador da região, que suspeita de despejo irregular. Outro vizinho reforçou a hipótese: “Lá para cima, antes da cidade, a água está limpa. O problema começa depois da rede de esgoto. Aqui, os peixes não resistem”.

As causas ainda não foram confirmadas. A secretária municipal de Meio Ambiente, Gercilene Meira, informou que técnicos já estiveram no local e coletaram amostras de água para perícia.

“Recebemos a denúncia, assim como a Sema-MT. Estamos levantando as informações. Acompanhamos de perto a situação, mas ainda não foi possível identificar a causa da mortandade”, disse.

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Enquanto o laudo não sai, as margens do córrego seguem marcadas pela imagem de peixes subindo em busca de oxigênio, boiando sem vida ou simplesmente desaparecendo sob a água turva. Um retrato que preocupa, entristece e deixa no ar a pergunta que ecoa entre os moradores: o que está matando o rio de Alta Floresta?

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