Prezada(o) Leitora(or), dias atrás, precisamente 17 de junho, neste mesmo jornal, escrevi um artigo intitulado: “Alta Floresta hoje é uma grande Cidade?” E, com fatos e argumentos, concluí que sim. E, pelo que me dizem, o povão dos jornais e das Redes Sociais gostou e gostou muito.
Mas, para evitar o perigo do convencimento e de ufanismo quanto à grandeza e o progresso de Alta Floresta, resolvi escrever alguma coisa e assim nasceu: “As três Deficiências de Alta Floresta”.
A primeira deficiência é a ausência do Curso de Medicina, assunto sobre o qual, durante anos, venho publicando uma porção de escritos nos jornais de Alta Floresta, no site da UNIFLOR e nas Redes Sociais. O último artigo, intitulado: “E o Curso de Medicina de Alta Floresta?” encontra-se neste jornal do dia 29 de maio de 2020. Temos tudo o que o Ministério da Educação-MEC exige para se poder solicitar um Curso de Medicina mas, por outro lado, não temos nada, porque uma lei eleitoreira do tempo do Lula exige 65.000 habitantes para a cidade da Faculdade que quiser solicitar Curso de Medicina. E, de novo, outra dificuldade para Alta Floresta: “Segundo o IBGE, erradamente, hoje, Alta Floresta tem 51.615 habitantes, quando na realidade, inclusive segundo o argumento do número oficial de eleitores, Alta Floresta tem cerca de 80.000 habitantes”. Conforme o próprio “Mato Grosso do Norte” do dia 17 de maio de 2017, Alta Floresta tem 70.000 habitantes.
A segunda deficiência de Alta Floresta é não ter distrito industrial (existe um do tempo da onça, caindo aos pedaços, sem nenhum efeito prático). A esse respeito, em “O Diário”, do dia 24 deste mês, acabo de publicar um escrito com o nome de: “Cadê o Distrito Industrial de Alta Floresta?” Atualmente, Sinop tem três distritos industriais, Colíder tem dois e várias cidades pequenas como Nova Santa Helena, que tem somente 3.699 habitantes, têm distrito industrial. E, Alta Floresta com cerca de 80.000 habitantes, não tem nenhum.
Para se ter ideia das montanhas de dinheiro impedidas de chegar, dos milhares de empregos perdidos, da fila de empresas que vinham para cá e foram para Sinop, Colíder e outras cidades, dos projetos de empresários que queriam se estabelecer aqui e que nunca puderam vir, cito um só exemplo, recente, de hoje: “O monstro do silo chinês que está surgindo em Carlinda, por certo o maior de todo o Nortão, não ficou em Alta Floresta porque aqui não existe distrito industrial”. A solução do distrito industrial de Alta Floresta é a mais viável das três deficiências porque depende somente de autoridades de Alta Floresta, que são os Vereadores da Câmara Municipal e o Prefeito de Alta Floresta. Não depende do Ministro da Educação ou do Presidente da República como é o caso do Curso de Medicina.
A terceira deficiência de Alta Floresta é não ter nenhum deputado federal daqui e somente um deputado estadual. Quando, em 1995, cheguei aqui e criei a UNIFLOR, Alta Floresta tinha dois deputados estaduais e um deputado federal. Apesar do seu progresso fantástico, hoje Alta Floresta, vinte e cinco anos depois e com cerca de 80.000 habitantes, só tem um deputado estadual. Que retrocesso político! Contudo, que se goste ou não, é bom lembrar uma verdade, eterna mas nojenta para milhões de brasileiros: “No Brasil e portanto também em Mato Grosso e em Alta Floresta, a Política tem tudo e sem os políticos ninguém consegue nada, nem do governo estadual e nem do governo federal!...”.
Prezada(o) Leitora(or), para extinguir ou pelo menos diminuir as três deficiências existe uma solução: é o voto, o seu voto. Assim sendo, se a extinção da primeira deficiência não depende muito dele, a extinção da segunda, que é a vinda do distrito industrial, depende inteiramente dele. Daí a importância das próximas eleições, de novembro, quando V.Sa. vai escolher e votar para prefeito e vereadores de Alta Floresta. Em função disso e em nome do povo de Alta Floresta e do Nortão, gostaria, com os agradecimentos antecipados, de solicitar a V.Sa. que só prometa votar e vote em candidato que se comprometer em trazer o Distrito Industrial de Alta Floresta.
Prof. Dr. José Antonio Tobias. Diretor Geral Faculdades de Alta Floresta