Mequiel Ferreira
Reportagem
O sábado, dois de julho, foi momento de fortalecimento da bacia leiteira do Portal da Amazônia. Foi realizado na Cooperativa Mista Ouro Verde, localizada na Comunidade Ouro Verde o 7º Encontro dos Produtores da Bacia Leiteira do Portal da Amazônia. O evento que tem parceria com o CDL teve início às 9h e terminou as 14h, contou com a presença de diversas instituições como o Banco do Brasil, o Sicredi, e a empresa Suprema Máquinas. O objetivo desta edição do encontro foi a apresentação das novas instalações do laticínio da COMOV, com ênfase especial no reconhecimento dos serviços prestados pela cooperativa nestes 22 anos de funcionamento, completados em 24 de junho, tendo em vista a sua importância para a bacia leiteira do portal.
Durante o evento, o público presente pode assistir a uma apresentação sobre os 22 anos da COMOV, receber informações sobre linhas de créditos disponíveis para os investimentos rurais, assistir a apresentação de portfólio de máquinas produtos que objetivam a transformação da vida do homem do campo com agilidade e comodidade na execução das tarefas rurais e também participaram de uma palestra com Nivaldo Michetti com o tema “Importância do cooperativismo para a sustentabilidade da bacia leiteira”, que enfatizou a importância da unidade do setor e do trabalho coletivo e organizado. Os presentes também puderam participar de demonstrações práticas com tratores no período da tarde.
O presidente da Cooperativa, Antônio Favarin, avaliou o evento de forma satisfatória: “Vamos repetir ano que vem e vamos melhorar ainda mais” e ainda destacou a importância de reconhecer que trabalhos como este encontro são resultado de uma caminhada da instituição e dos cooperados. Antônio recordou as etapas vividas pela cooperativa fundada em 1994 com a finalidade de atender a demanda de grãos, especificamente o café. O café entrou em decadência e a cooperativa passou a trabalhar com cereais como o arroz e o milho. Com o fim do ciclo dos cereais a COMOV passou a investir no leite. Nesse aspecto, ele destacou: “A comunidade Ouro Verde sempre foi organizada, tem um clube de mães que sempre foi organizado e o clube de mães conseguiu através de uma ementa um minilaticínio e então a cooperativa fez uma fusão com o clube de mães e mesmo com toda as dificuldades fomos trabalhando, colocando as máquinas para trabalhar, com a capacidade de mil litros/hora”.
O presidente destaca que após esses ciclos e mudanças, a cooperativa conversou e entendeu que o leite já é de fato uma atividade consolidada “que não tem volta, o leite já pegou” e com pouca possibilidade de entrar em decadência. Dessa forma, investiram no ramo, garantindo melhoria para todos os produtores envolvidos, ampliando a fábrica, investindo em máquinas e treinamentos. Especialmente porque a atividade leiteira é muito significativa na economia do município.
A realização da sétima edição do encontro mostra a preocupação dos produtores em continuar evoluindo o ramo de atividade. A partir dessa lógica, Antônio pondera, “Hoje a cooperativa tem inspeção municipal e atende Alta Floresta. E nesses três anos de direção, vamos aumentar muito a capacidade de produção e diferenciar os produtos industrializados. Já recebemos visitas de alguns órgãos e queremos pegar inspeção federal e vender para Brasil todo”. Ele finaliza de maneira concisa: “É pensar grande? Não sei. Mas está bem fácil disso acontecer, pode-se dizer que isso é uma realidade. Somos todos pequenos produtores”.
Os produtores rurais também avaliaram o encontro de maneira positiva e saíram motivados. Jonas Pilger, da comunidade Sallete destacou: “Estão de parabéns, tudo muito bom e organizado”. Salientou que leva para casa e para prática diária a preocupação em desenvolver os laços com os demais produtores e união do setor, herança da palestra do produtor, Nilvaldo. E nesse sentido, Antônio reforçou a ideia de que a COMOV sempre esteve de portas abertas e continua recebendo os produtores que tiverem interesse em fazer parte desta história de luta, organização e consolidação do setor produtivo e do pequeno produtor.
