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Carros Segunda-feira, 23 de Outubro de 2023, 17:55 - A | A

23 de Outubro de 2023, 17h:55 - A | A

Carros / NOVA GERAÇÃO DO BMW SÉRIE 5

Além da expectativa

Nova geração do BMW Série 5 ganha versões 100% elétricas e se mantém como referência de tecnologia



POR LUCA BASSO
AUTO PRESS

                Mais de 50 anos se passaram desde a estreia o famoso E12, nome de código da primeira geração do Série 5, de 1972. Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas criadas nesse meio século influenciaram diretamente o sedã alemão em todos os aspectos. A oitava geração do novo BMW Série 5, que estreou oficialmente no mercado europeu neste mês de outubro, também é uma comprovação bem consistente dessa evolução. Inclusive pela introdução dos modelos 100% elétricos, que serão distribuídos em todos os países que a marca bávara atua. Eles chegam nas versões i5 eDrive40 e a M60 xDrive. Não irão faltar, no entanto, nem as opções híbridas, como 530e e 550e, nem as mild-hybrid, com as 520i, 530i e 540i, a gasolina, e a 520d, a diesel. Em suma, haverá um modelo para cada gosto. No Brasil, a sétima geração do Série 5 é vendida atualmente apenas na versão 530e, híbrida plug-in, a partir de R$ 455.950. Todas estas versões dessa oitava geração serão apresentadas na Europa paulatinamente até completar a gama no segundo trimestre de 2024.                    

O novo BMW Série 5 ficou, decididamente, mais imponente. E também está maior. Na verdade, o comprimento aumentou em 9,7 cm, para uma notável medida total de 5,06 metros. Como resultado, cresceu em todos os sentidos. A distância entre-eixos também cresceu 2,0 cm, chegando a 3 metros, a largura aumentou em 3,2 cm, com 1,90 m, e a altura passou para 1,52 m, ou 3,6 cm a mais. O design geral do carro também muda consideravelmente. Ficou mais limpo do que o da sétima geração, o que representa um recuo em comparação com o que a BMW tem feito nos últimos anos com seus novos modelos. Apesar disso, o perfil dianteiro permanece forte graças à clássica grade bipartida – cercada por uma moldura retroiluminada, batizada de Iconic Glow. Reforçam essa impressão o conjunto ótico que integra todas as luzes. Na traseira, as imponentes luzes horizontais contribuem ainda mais para restaurar essa sensação de agressividade.                   

  As dimensões maiores do novo BMW Série 5 ampliaram ainda mais o espaço dentro da cabine. Há uma grande qualidade em termos de materiais – a única exceção é o plástico usado nos nichos das portas, que é pouco refinado para a padronagem do sedã, que tem todas as superfícies com revestimento macio. O estofamento dos bancos é fino e detalhado, tudo em couro sintético vegetal – chamado de Verganza –, usado pela primeira vez em um modelo BMW. Destaque também para as luzes de ambiente, que tão um toque de sofisticação ao habitáculo e variam de acordo com o modo de condução ou diretamente nas configurações.                  

   O volante de três raios é generoso, com controles agora clássicos para interagir com a instrumentação tecnológica presente no chamado BMW Curved Display. Trata-se de uma grande tela em curva composta por um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e pelo monitor da central multimídia com 14,9 polegadas. A integração dos dois sistemas sob um mesmo visor é bem-feita, confortável e eficaz. De particular destaque é a presença da plataforma AirConsole, que permite aos passageiros jogar vários videojogos, obviamente apenas quando o carro está parado. Assim como no Série 7, o controle de temperatura não incluem botões físicos, mas apenas controles sensíveis ao toque localizados logo abaixo da tela central, em um conjunto pomposamente chamado de BMW Interaction Bar.                 

    Mas a grande novidade dessa oitava geração do BMW Série 5 é certamente a introdução do modelo totalmente elétrico, que será o único vendido em todos os mercados globais. A versão topo de gama do i5, e com melhor desempenho é a M60 xDrive, com tração integral, que traz dois motores elétricos para um total de 601 cv de potência e 83,6 kgfm de torque. A segunda versão elétrica é a eDrive40, com tração traseira, que rende 340 cv e 43,9 kgfm. O M60 custa na Europa 100 mil euros, equivalente a R$ 535 mil e que se fosse trazido para o Brasil custaria por volta de R$ 1 milhão. Já o eDrive40 custa 74.400 euros, ou aproximadamente R$ 400 mil. No Brasil sairia por, pelo menos, R$ 750 mil.                    

Para quem não está interessado em carros 100% elétricos, já estão disponíveis na Europa duas versões mais tradicionais, todas com mild-hybrid de 48 v e caixa Steptronic Sport de oito velocidades. São os modelos 520i sDrive a gasolina, animado por um propulsor 2.0 de 4 cilindros com 208 cv e 33,6 kgfm, e o 520d, que pode ter tração traseira ou tração integral, sempre com um motor diesel de 2.0 litros e 4 cilindros com 197 cv e 40,8 kgfm. Esses modelos, no entanto, não serão trazidos para o Brasil.                    

O modelo que deve ser trazido para o Brasil é o 530e, que já foi mostrado na Europa e chega às lojas de lá a partir de novembro. Na oitava geração, o 530e plug-in híbrido é equipado com um motor a combustão 2.0 litros turbo de quatro cilindros combinado com um motor elétrico. Ele conta com tração integral tem potência combinada de 299 cv e 45,9 kgfm. de e só deve ser trazido para o Brasil em 2024. Até lá, a marca vai tentar desovar as unidades que restam do modelo de sétima geração que tem em estoque.    

Impressões ao dirigir

Equilíbrio absoluto                 

A avaliação começa com o sedã esportivo totalmente elétrico BMW i5 M60, para tentar perceber o trabalho feito na Alemanha. O modelo é considerado ponta-de-lança desta geração do Série 5 e seu trem-de-força faz um ótimo trabalho A sensação é realmente de estar a bordo de um carro de alto desempenho, com ótima aceleração (zero a 100 km/h em 3,8 segundos) e grande facilidade para atingir altas velocidades (a máxima é limitada a 230 km/h). O modelo é muito rígido em curvas rápidas e demonstra aderência sólida na estrada, enquanto a direção é excelente em todas as frentes.            

 No trânsito, o BMW i5 M60 se adapta perfeitamente à situação e se torna um carro dócil. A frenagem regenerativa é potente, tanto que muitas vezes acontece que você não precisa usar o pedal do freio. Isso aumenta muito o prazer de dirigir e diminui o estresse devido ao contínuo anda-e-para atrás de outros carros.                 

A autonomia média, de 5,1 km/kWh, é interessante, embora na empolgação se possa atingir facilmente 4,3 km/kWh, se o ritmo de condução for mais forte. Se abdicarmos de alguns confortos e ativarmos a função Max Range, é possível melhorar a eficiência da bateria, que tem 81,2 kWh de capacidade. Pode ser recarregada em corrente alternada até 11 kW – com oito horas para uma carga completa –, e assimila até 205 kW em um carregador com corrente contínua – que reduz o tempo para cerca de 45 minutos.       

    Entre os modelos com motorização endotérmica, estava disponível o 520d xDrive, que manteve a sensação de se estar a bordo de um verdadeiro sedã esportivo, sem sacrificar o conforto. Apesar do tamanho, o peso é bem distribuído por todo o veículo e, mesmo aqui, a estabilidade é realmente positiva.                  

Para ambas as versões, a assistência ao condutor melhora muito a experiência na estrada. Os equipamentos de série incluem, por exemplo, ABS, Active Guard, Cruise Control, Limitador de Velocidade, Sensores de Colisão, Aviso de Cinto de Segurança, Sistema de Segurança Passiva para Pedestres e Start&Stop. No entanto, alguns elementos são opcionais, como o Driving Assistant Professional. O head-up display é muito bem feito, com uma tela clara, bem iluminada e grande que pode ser facilmente personalizada com diferentes informações.

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