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Carros Sexta-feira, 20 de Maio de 2022, 16:45 - A | A

20 de Maio de 2022, 16h:45 - A | A

Carros / CB1000 R

Evolução induzida

Honda atualiza a CB1000 R com visual renovado, mais potência e mais conectividade



por Eduardo Rocha
Auto Press

O mercado de motocicletas tem uma agilidade proporcional ao comportamento dos modelos. Quanto mais potente e tecnológica, maior a necessidade de renovação. Nem que seja apenas para criar uma diferenciação que impulsione a vendas. A CB1000 R é um bom exemplo. A moto já estava no topo da cadeia mercadológica, com design, tecnologia e desempenho. Ainda assim, a marca japonesa encontrou um jeito de evoluir em cada um dos aspectos para chamar novamente a atenção para um de seus quatro modelos flag ship vendidos no Brasil.

No visual, a Honda mexeu com o cuidado de não estragar o belo estilo retrofuturista New Sports Café, desenvolvido para sua linha street a partir da CB300 europeia em 2017. Em 2019, a CB1000 R chegou ao Brasil com uma mistura elementos clássicos e modernos em doses inesperadas. Agora, para a linha 2023, a mudança que mais chama a atenção foi no farol, que antes era perfeitamente redondo e agora passa a ter uma angulação na parte superior, com uma assinatura em led em forma de anel aberto. No visual, mudaram ainda as rodas de liga leve, que ganharam mais raios, subchassi pintado de prata, tampas laterais menores e aletas do radiador redesenhadas. O tanque ficou monocromático ‑ perdeu a faixa prateada na junção com o banco. Tudo muito discreto.

Essas combinações valem para as versões em vermelho ou prata. Na nova versão Black Edition, todos os cromados e cores somem – inclusive da bengala telescópica e da ponteira do escapamento. O modelo também recebe uma cobertura rígida no lugar do assento da garupa e passa a ser monoposto. O painel de instrumentos também recebe uma pequena carenagem protetora, que é vendida como acessório para as versões standard. Tecnicamente, a única diferença entre as versões é o fato de a Black Edition trazer o sistema quick shifter de duas vias, para elevar ou reduzir as seis marchas sem acionar manualmente a embreagem.

Em relação ao motor, a base o que foi utilizado no modelo CBR 1000RR Fireblade produzido entre 2008 e 2011. Depois foi acrescido de sistemas de controle de emissões mais rigorosos e de toda a parafernália eletrônica para oferecer modos de pilotagem e controles de acelerador, ABS e controle de tração. já citada. A partir da reprogramação da injeção, Honda conseguiu uma leve elevação de potência, de 141,4 para 142,8 cv, com o mesmo torque máximo de 10,2 kgfm, mas que agora atinge o pico a 8.250 rpm – antes era a 8 mil redondos.

A CB1000 R continua com os três modos de pilotagem pré-ajustáveis: Rain, Standard e Sports. Estes modos alteram os parâmetros de liberação de potência, do freio motor e do funcionamento do controle de tração, cada um com três níveis de atuação. No total, são 36 modos diferentes de funcionamento que podem ser memorizados de forma combinada em um quarto modo de condução, chamado User.

Duas mudanças técnicas chamam a atenção no modelo. A primeira são os freios, que eram da marca Tokiko, passam a ser da Brembo. O sistema mantém, no entanto, a configuração de quatro pistões na frente, com dois discos dianteiros de 310 mm, enquanto atrás permanece o disco simples de 256 mm e pistões duplo. A outra é a suspensão dianteira, que passa a ser invertida. O conceito, no entanto, não mudou. O sistema ainda é SFF BP, com funções separadas. A bengala esquerda é hidráulica, com controle da velocidade de compressão e distensão, enquanto a direita com mola, tem o controle da pré-carga. Atrás, um amortecedor único com dez níveis de compressão da mola é ligado diretamente à balança monobraço em alumínio.

A outra novidade que a Honda apresenta com a linha 2023 da CB1000 R é um sistema que pareia via Bluetooth com o novo painel da moto. O recurso, porém, sofre com algumas limitações, como o fato de só funcionar com um smartphone com sistema Android 8.0 ou superior. Para isso, é preciso instalar o aplicativo Honda RoadSync, que permite acesso a navegação por indicação (sem mapa), informações sobre o clima, música, chamadas e mensagens de texto por comando vocal, através de um sistema de áudio instalado no capacete e por comando direcional no punho esquerdo. A nova Honda CB1000 R tem preço de R$ 71.900 na versão standard, nas cores vermelha metálica ou prata metálica, e sai a R$ 79.970 na versão Black Edition.

 

Primeiras impressões
Além do tempo

Mogi-Mirim, São Paulo ‑ Mais do que trazer um visual atraente e original, a Honda CB1000 R Neo Sports Café tem uma ciclística impressionante. O equilíbrio e a agilidade do modelo fazem parecer que se está ao guidão de uma moto de porte menor: ela é ágil e muito precisa nas mudanças de direção. E essas características ficaram ainda mais salientadas por conta do tempo horroroso durante a avaliação do modelo, entre Mogi-Mirim e Socorro – trajeto que não pôde ser cumprido até o final por conta do alto índice pluviométrico.

As mudanças no modelo foram todas para melhor. Um pouco mais de potência, torque em giros mais altos e telescópicos invertidos, que reduzem o peso não suspenso e oferece melhor dirigibilidade. Mesmo que nada disso tenha podido ser levado ao limite, o modelo continua agradável de pilotar, controlável e bastante esportivo.

A interface com o piloto é outro ponto positivo. O painel eletrônico agora traz uma tela TFT blackout, com uma qualidade de leitura melhorada. São várias configurações gráficas para conta-giros analógico, velocímetro marcadores de combustível e de temperatura do líquido de arrefecimento, relógio e hodômetros, além da interface com o aplicativo Honda RoadSync, que permitia a comunicações entre os membros da comitiva. Através dos comandos no punho esquerdo, pode-se navegar entre as funções do computador de bordo e definir os modos de condução, com o nível de atuação dos controles de potência, de tração e do freio-motor. 

Álbum de fotos

FOTOS: EQUIPE CAIO MATTOS/HONDA

FOTOS: EQUIPE CAIO MATTOS/HONDA

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FOTOS: EQUIPE CAIO MATTOS/HONDA

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