POR EDUARDO ROCHA
AUTO PRESS
Por quase todos os seus 25 anos, a Mercedes-Benz Sprinter ficou praticamente sem um concorrente direto no mercado. Ou seja: outro veículo comercial leve com tração traseira. E foi assim até a chegada da Ford Transit, montada no Uruguai. Pelo fato de ter ganho uma rival à altura, a van da marca alemã, produzida na Argentina, teve sua renovação acelerada. Em maio, por conta das exigências do Proconve L7, a Sprinter trocou o antigo motor OM651, 2.2 litros turbodiesel com 143 cv e 33,7 kgfm, pelo novo OM654, um 2.0 turbodiesel com 150 cv e 34,7. Além de mais forte e potente que o propulsor anterior, é em média 9% mais econômico.
Além de ganhar eficiência, a Sprinter vem apostando nos itens de segurança ativa – um dos pontos fortes do modelo da Ford. Em uma demonstração de pista, o furgão da Mercedes foi colocado em teste três de seus principais sistemas: controle de tração controle de estabilidade e alerta de colisão com frenagem autônoma.
No primeiro teste, uma das rodas traseiras é colocada em um rolo para simular uma situação de perde total de aderência. Com o controle de tração desligado, a Sprinter gira em falso, sem qualquer possibilidade de siar da situação. Com o TC em ação, o sistema passa usar o ABS para frear a roda que gira em falso para transferir progressivamente parte do torque para a outra roda.
No teste de estabilidade, uma Sprinter foi preparada com uma gaiola interna, apoios laterais externos e uma carga instalada próximo ao teto com 450 kg – três toneis de água – para elevar o centro de gravidade e precarizar a estabilidade. Os apoios servem para o comparativo entre a passagem com o ESP desligado e ligado. No primeiro caso, a Sprinter tomba com facilidade, enquanto com o controle de estabilidade em ação, o ABS atua freando a roda que está outra extremidade diagonal antes que a van tombe.
O último recurso avaliado foi o alerta de colisão com frenagem autônoma. Para isso, foi usada uma outra unidade de Sprinter que roda em baixa velocidade, com a Sprinter de teste de aproxima em alta velocidade por trás. Quando o radar dianteiro avalia que a diferença de velocidade vai provocar uma colisão, ele aciona um alerta. Se a reação do condutor não é rápida o suficiente para evitar ou, pelo menos, amenizar o impacto, os freios são acionados automaticamente.