Estadão
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O Ministério da Saúde lança na próxima segunda-feira, 23, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até o dia 1º de junho, crianças entre 6 meses e 5 anos, maiores de 60, trabalhadores de saúde, professores, pessoas privadas de liberdade, com necessidades especiais, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 anos e indígenas poderão ir a um dos postos de saúde para receber o imunizante. Neste ano, a vacina protege contra o H1N1, influenza B e o H3N2, tipo de vírus que provocou um aumento significativo de casos e de mortes relacionadas à doença no Hemisfério Norte. Em Goiás, em virtude do aumento de casos de gripe, a campanha foi antecipada.
Neste ano, foram confirmados no País 392 casos de influenza, com 62 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 394 ocorrências, com 66 mortes. Além de o número de casos ser semelhante ao do ano passado, Carla observou que, para população do Hemisfério Sul, a vacina contra gripe já leva em sua composição o imunizante feito de variações de cepas identificadas na região. Por isso, completou, a necessidade de as pessoas aderirem à campanha.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que a maior preocupação da campanha neste ano é garantir cobertura vacinal semelhante em todos os grupos considerados prioritários. Occhi observou que, embora a cobertura no ano passado tenha sido de 88%, em algumas populações ela esteve abaixo do que seria considerado ideal. Foi o caso, por exemplo, das crianças entre 6 meses e 5 anos. No ano passado, 77% das crianças nessa faixa etária foram imunizadas.
‘Fazemos um apelo para que pais levem seus filhos aos postos de vacinação. Crianças abaixo de 5 anos estão mais suscetíveis a complicações provocadas pela gripe, podem desenvolver casos graves da doença‘, alertou Carla.
O ministério afirmou que não será feita a prorrogação da campanha. Depois do prazo, qualquer pessoa interessada poderá ser vacinada contra a gripe, com as doses remanescentes. Carla disse não haver a princípio nenhuma estratégia para fazer uma campanha coordenada de vacinação contra gripe e febre amarela.
A expectativa do governo é imunizar 54 milhões de pessoas. O quantitativo adquirido é superior a essa marca. Foram encomendados ao Instituto Butantã 60 milhões de doses. O ministro afirmou que a diferença é uma margem de segurança. ‘Caso haja desvio ou perda do imunizante.
Há dois critérios que determinam a escolha de grupos atendidos pela campanha de vacinação contra gripe. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis. Pessoas que, se contaminadas, têm maior risco de contaminação, como idosos, crianças e gestantes. Em segundo lugar, estão integrantes de grupos mais expostos ao vírus, como profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade e professores.