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Geral Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024, 09:18 - A | A

20 de Dezembro de 2024, 09h:18 - A | A

Geral / Mato Grosso

Polícia Federal faz buscas e apreensões em investigação sobre venda de sentenças em MT



G1/ MT

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 20, uma operação sobre esquema de venda de sentenças na Justiça em Mato Grosso.

Os agentes foram às ruas para cumprir mandados de busca e apreensão, incluindo em um endereço ligado à assessora do desembargador João Ferreira, investigado no caso. Embora não haja mandados contra o magistrado nesta fase da Operação Sisamnes, ele foi alvo de busca em uma etapa anterior.

Conforme as investigações, foram detectadas sucessivas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com "aparente propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos".

Além dos mandados de busca e apreensão, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário, proibição de contato e saída do país, recolhimento de passaportes, além do bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos imóveis adquiridos por um magistrado.

A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF. Até a última atualização desta reportagem, a PF não havia divulgado oficialmente os nomes dos alvos.

Em agosto, os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados das funções no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), por suspeita de envolvimento em vendas de decisões judiciais.

 Em 26 de novembro, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos dois desembargadores, durante a primeira fase da Operação Sisamnes, em Cuiabá. Na ação, a PF também prendeu o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário das vendas.

Segundo a polícia, a operação investiga os crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas.

Desde então, os dois magistrados estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica, informou a PF. Eles também tiveram os passaportes apreendidos, além de bloqueio de bens e valores.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que está ciente do caso e se colocou à disposição para o fornecimento de informações necessárias ao andamento das investigações.

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