Maju Souza / Hiper Notícia
foto/ Marcos Corrêa/ PR
“Não sou charlatão, nem curandeiro, só dei uma alternativa”, disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta terça-feira, 17. A declaração foi feita após ser questionado sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que propõe o indiciamento dele pelos crimes de charlatanismo, por incentivar, repetidamente, o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
“Quando eu falo em tratamento precoce, a grande maioria tomou ivermectina e hidroxicloroquina. Tem outro produto, lógico que não tem comprovação cientifica, a proxalutamida. Busquei uma maneira de atender o povo, junto com médicos. Então, não é que eu sou um charlatão, curandeiro, nem inventei nada. Eu dei uma alternativa”, argumentou.
O presidente pediu que os brasileiros procurem médicos e se os profissionais recomendarem o tratamento precoce, que o façam, mesmo tendo recebido as duas doses da vacina.
Bolsonaro ainda fez críticas à vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e defendida pelo governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB).
“Olha o que está acontecendo com a Coronavac, ninguém tem coragem de falar. Gente que tomou as duas doses, foi infectada e está morrendo. Por que ela está morrendo? Porque acreditou nas palavras do governador de São Paulo que disse que quem tomasse as duas doses da Coronavac e for infectado jamais morrerá e a pessoa fica em casa, achando que tomou as duas doses e não vai morrer e acaba morrendo”, destacou.
"Se você esperar, ir para casa, mesmo vacinado, esperar até sentir falta de ar para voltar ao hospital, o que eu chamo de Protocolo Mandetta, pode ser tarde demais", disse o presidente que aproveitou soltar farpa contra seu ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.