Assessoria
Em Carta Aberta dirigida ao Congresso Nacional e à nação brasileira, a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) defende a suspensão das eleições previstas para 04 de outubro e a unificação dos mandatos para os poderes Executivo e Legislativo, com a realização de eleições gerais em 2022.
O documento, divulgado nesta terça, 26, foi elaborado em conjunto com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Movimento Mulheres Municipalistas e associações estaduais. O pedido leva em consideração as dificuldades que os agentes políticos locais estão enfrentando com a pandemia do novo coronavírus, que já provocou mais de 20 mil óbitos no Brasil, atualmente considerado o epicentro da Covid-19 na América Latina.
O presidente da AMM, Neurilan Fraga (PL), considera inviável a eleição este ano, considerando que a pandemia apresenta uma tendência de crescimento no país. Defende que deve-se observar, primeiramente, a segurança das pessoas, seguindo todos os protocolos preconizados pelas autoridades na área da saúde para conter o avanço da pandemia.
Neurilan também destacou que insistir na realização das eleições este ano, além de ser um risco para a saúde pública, representa uma ameaça à democracia. Em sua avaliação, a participação popular poderá ser prejudicada devido ao medo de contaminação pelo vírus.
Além de alertar para os riscos à saúde dos cidadãos, a Carta Aberta da AMM faz várias considerações sobre os impactos da pandemia no processo eleitoral. O documento cita que “as pré-convenções partidárias e as convenções partidárias, previstas no calendário eleitoral para se realizarem de 20 de julho a 05 de agosto, já não poderão contar com o debate entre pré-candidatos e convencionais, pois, na esmagadora maioria dos municípios brasileiros, o eleitor em geral não tem como participar de teleconferências, e o voto, que possibilitará a escolha dos candidatos, não poderá contar com a participação dos maiores de 60 anos, sem que estes ponham em risco a sua saúde”.