Às vésperas da campanha eleitoral o governador Pedro Taques (PSDB) poderá enfrentar uma CPI na Assembleia Legislativa, por causa do suposto esquema clandestino chamado de Grampolândia Pantaneira.
Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, confirmou a movimentação para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando investigar a possível participação do governador no escândalo de interceptações telefônicas que teria sido criado durante as eleições de 2014 para monitorar adversários políticos.
"Vários deputados me ligaram falando da necessidade de se criar uma CPI dos grampos por conta do depoimento do cabo Gerson que revelou como o esquema foi criado e citou o governador. Vamos aguardar os pedidos. Eu não vou comentar porque se eu disser que não seria motivo, iriam falar que estou ajudando o governador. E se eu falar que o fato é grave e merece ser investigado, falarão que eu estou contra o governador. Melhor deixar o debate para o plenário e eu só exercerei o meu papel de presidente", disse Botelho.
A oposição ao governador já fala em um novo pedido de impeachment contra Taques. A deputada de oposição Janaína Riva (MDB) afirmou que vai apresentar um requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suposta rede clandestina de grampos ilegais montada pela Polícia Militar.
Na madrugada do último sábado, o cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa, prestou um depoimento de mais de 5 horas onde afirmou que o governador Pedro Taques e o seu primo e ex-chefe da Casa Civil seriam os responsáveis pelo grampos.
O presidente da AL assegurou que seguirá a maioria dos parlamentares. "Eu vou seguir a maioria. O que decidirem eu acato. Se terá ou não CPI, se terá ou não processo de impeachment, eu não sei. Só vou encaminhar o que for decidido".
Outro lado- Sobre a citação do seu nome no caso dos grampos, Pedro Taques emitiu uma nota negando sua participação e disse que tomou todas as medidas administrativas quando soube do esquema.
Taques também afirma que solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que fosse investigado para provar sua inocência. No entanto, Taques foi comunicado em outubro de 2015 sobre o esquema. E o seu pedido ao STJ só ocorreu em agosto de 2017.