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Política Sexta-feira, 02 de Fevereiro de 2024, 08:51 - A | A

02 de Fevereiro de 2024, 08h:51 - A | A

Política / Reforma Tributária

“Brasil como um todo vai perder e Mato Grosso também”

Governador Mauro Mendes aborda impactos da reforma tributária durante painel que discute os principais desafios dos Estados brasileiros



Vitor Hugo Batista
Secom-MT

O governador Mauro Mendes voltou a alertar que a Reforma Tributária terá impactos negativos na economia brasileira em razão da desoneração completa de cadeia produtiva. Ele destacou que um dos Estados que mais perde é Mato Grosso.
Mauro participou do painel “Desafios dos Estados Brasileiros” no Latin America Investment Conference (Laic), na terça-feira, 30/1, em São Paulo, ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
“A isenção completa de impostos de alguns setores vai trazer grandes desafios para a máquina pública daqui a alguns anos. É um risco gigante, principalmente para a exportação de produtos primários. O Estado de Mato Grosso vai perder, mas eu acho que o Brasil como um todo vai perder com essa desoneração”, afirmou o governador Mauro Mendes.
O evento, que está em sua 11ª edição este ano, reuniu autoridades e especialistas para debater temas para o desenvolvimento da América Latina.
O governador destacou sua preocupação a longo prazo com a reforma e questionou quem arcará com o ônus da arrecadação.
“O sistema era caótico, tinha danos maléficos para a atividade empreendedora, mas por outro lado, existe uma questão de arrecadação desse modelo que pode colapsar a estrutura pública lá na frente. Se nós vamos ter algumas cadeias grandes que não vão pagar impostos, quem é que vai ter que pagar mais para suprir os setores que ficarão isentos?”.
Durante o painel, Mauro afirmou que, apesar de longas discussões, a reforma acabou se tornando um instrumento político.
“A reforma foi cantada em versos e prosas ao longo de muitos anos, mas no final, foi elaborada muito mais com o objetivo de dizer que foi feita do que para ser algo estruturante e que pudesse realmente modificar a situação tributária no país”, enfatizou.
O governador também criticou a longa transição estabelecida, questionando a eficácia de adiar as mudanças por uma década.
"É claro que era necessário fazer um regime de transição. Eu defendi isso, muitos defenderam. Entretanto, uma transição tão longa me parece muito mais uma postura para deixar para ver como as consequências práticas vão funcionar na economia brasileira somente em 2033”, disse.

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