Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025

Opinião Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025, 09:26 - A | A

12 de Dezembro de 2025, 09h:26 - A | A

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A sociedade parece relativizar a violência contra a mulher

A impressão é -que a notícia que mais uma mulher foi vítima de feminicídio, deixou de indignar, de chocar e comover a sociedade



No domingo, 7 de dezembro, em diversos Estados Brasileiros, multidões foram as ruas para protestar contra a escalada de femínicidios, numa mobilização nacional denominada Mulheres Vivas.
Algo que chama atenção é que em Mato Grosso, o Estado que lidera o ranking nacional na estatística de mulheres assassinada por homens, praticamente permaneceu o silêncio.
As próprias mulheres se calaram! Nem mesmo as lideranças políticas femininas se posicionaram sobre essas manifestações, que soam como um grito de socorro, sobretudo num Estado em que ser mulher significa estar sempre exposta ao risco.
No entanto, esta pauta política da violência contra a mulher, não deveria ser de Direita, de Esquerda ou de centro. Mas de todo homem e mulher de bem, independente de partidos políticos e religiões.
O verdadeiro cristão, principalmente se tiver um mandato eletivo, não se cala diante desta mórbida covardia, praticadas por homens fracos, violentos, derrotados, que se acham donos da mulher com quem tem ou teve um relacionamento. Mais ninguém é de ninguém!

Porém, o que impressiona é notar que a sociedade parece relativizar a violência contra a mulher. Muito raro semana em Mato Grosso em que uma mulher não é morta pelo companheiro, ex-marido ou namorado.

política da violência contra a mulher, não deveria ser de Direita, de Esquerda ou de centro. Mas de todo homem e mulher de bem, independente de partidos políticos e religiões.

Todavia, tem-se a impressão que as notícias que mais mulher foi vítima de feminicídio, deixaram de indignar, de chocar e comover, por mais truculenta como tenha sido praticado.
Por outro lado, enquanto matar mulheres parece ter se transformado em uma atitude pandêmica, o Estado brasileiro, com relação as providências, tem se mostrado incapaz de protegê-las. Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança, 4 mulheres são mortas todos os dias no Brasil.
Portanto, o que resta às mulheres é se mobilizarem, organizar e realizar movimentos para cobrar justiças e direitos, diante da pusilanimidade do Congresso, dos Estados e autoridades.
A mulher, assim como o homem, tem todo o direito de escolher seu próprio caminho. De pegar o seu casaco e ir embora se estiver em um relacionamento em que não se sinta bem. Se o homem pode, por que a mulher não?
Em pleno século 21, ainda há muitos machistas misóginos, que olham a vida de uma de forma retrógrada e atrofiada, no contexto dos relacionamentos, com a aquela frase egoista e possessiva: “se não for minha não será de mais ninguém! ”. Isto não é amor. É doença!

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