Reportagem
Mato Grosso do Norte
A Câmara Municipal de Alta Floresta aprovou com apenas dois votos contrários dos vereadores Mequiel Zacarias (PT) e Elisa Gomes (PDT)] as contas do prefeito Asiel Bezerra (MDB), relativas ao exercício de 2016.
As contas foram enviadas à Câmara Municipal com parecer contrário do Tribunal de Contas Estadual, que detectou 7 irregularidades graves nos balancetes, principalmente nos percentuais de investimentos na educação e Saúde. As falhas não foram justificadas ao TCE, que recomendou a reprovação.
Vereadores da base da administração municipal desferiram críticas ao Tribunal de Contas. O vereador José Valdecir, o Mendonça (PSC) afirmou que as falhas verificadas nas contas da prefeitura de Alta Floresta, foram as mesmas encontradas em outras prefeituras, citando a prefeitura de Cuiabá. No entanto, disse que as contas de lá foram aprovadas, enquanto as de Alta Floresta tiveram parecer contrário.
O vereador Mequiel Zacarias afirmou que desde 2013, a prefeitura de Alta Floresta vem reiterando os mesmo erros em suas contas, principalmente nas políticas de Saúde e Educação. Segundo o parlamentar, Alta Floresta ocupa a nonagésima sexta posição no índice de gestão, que significa gestão em dificuldade.
Já no índice geral de avaliação, a classificação de Alta Floresta está em centésima quadragésima primeira colocação, 141. “Existem irregularidades gravíssimas que não foram justificadas e outras que continuam em aberto porque a prefeitura não apresentou em tempo hábil as justificativas. A administração precisa refletir sobre estas falhas. Votar favorável as contas é aceitar essa situação. E não aceito!”, justificou o vereador.
A vereadora Elisa Gomes disse não há justificativas para a prefeitura não fazer os investimentos adequados na Educaçãoe Saúde, porque o orçamento do município vem crescendo desde de 2012. Todavia, a classificação do município na Prova Brasil está abaixo da média.
“O orçamento só cresce e as falhas são as mesmas”, disse. Segundo ela, o orçamento de 2017 foi maior do que 2016. Houve uma previsão de R$ 130 milhões e o município arrecadou R$ 136 milhões. O TCE apontou as irregularidades e os índice da saúde pioraram”, disse a vereadora ao posicionar contra a aprovação das contas.