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Política Sexta-feira, 07 de Março de 2025, 08:41 - A | A

07 de Março de 2025, 08h:41 - A | A

Política / longo caminho

Dia Internacional da Mulher: Uma luta que vai além do 8 de março

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data que convida à reflexão sobre as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, bem como os desafios persistentes na busca pela igualdade de gênero



Reportagem
Mato Grosso do Norte

No Brasil, embora tenham ocorrido progressos significativos, dados recentes evidenciam que ainda há um longo caminho a percorrer para as mulheres.

Nessa semana em que se comemora o dia internacional das mulheres, 8 de março, mais do que ganhar flores, bombons ou um jantar especial, devemos potencializar a força da mulher e sua capacidade ímpar em conseguir ser multitarefas [mãe, filha, esposa, executiva, trabalhadora] e ainda assim, possuir uma fragilidade e delicadeza que exalam sensualidade.

Apesar dos progressos, as mulheres brasileiras ainda enfrentam desafios consideráveis, como a violência de gênero e a sub-representação política.

De acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher de 2024, as mulheres representam 51,8% da população brasileira. Entretanto, enfrentam desigualdades em diversas áreas. Por exemplo, a taxa de feminicídios cresceu 0,8% entre 2022 e 2023, totalizando 1.467 casos, o maior número desde a promulgação da Lei do Feminicídio há uma década.

Em 2024, ao menos 1.387 mulheres foram assassinadas por razões relacionadas ao gênero, uma média de 4 feminicídios por dia. Em Mato Grosso, 47 mulheres foram mortas.

Uma pesquisa do DataSenado revelou que aproximadamente metade das mulheres acreditam que não são tratadas com respeito no país. A professora Maísa Colombo, mestra, psicóloga e docente de psicologia da faculdade Estácio, enfatiza que o dia vai além de uma celebração.

“Os dados servem como um lembrete da luta contínua das mulheres por direitos iguais e da necessidade de apoio psicológico para enfrentar as adversidades impostas pela sociedade”, destaca.

A psicóloga destaca que a desigualdade de gênero pode levar a sérios impactos na saúde mental das mulheres, incluindo ansiedade e depressão.

“É fundamental promover espaços de escuta e acolhimento, onde as mulheres possam partilhar as suas experiências e encontrar suporte emocional. Além disso, o desenvolvimento de políticas públicas para esse suporte para mulher”, acrescenta.

Políticas Públicas - No Brasil, existem algumas iniciativas que têm contribuído para a promoção da igualdade de gênero. A criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres e a implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, são marcos importantes na institucionalização de ações voltadas para a equidade.

Um avanço significativo foi a aprovação da Lei da Igualdade Salarial, de Número 14.611/2023, que busca equiparar a remuneração de homens e mulheres que exercem a mesma função.

Na segurança, apesar da violência crescente, há a lei Maria da Penha, que representa amparo para muitas mulheres alvo de violência.

O aprendizado sobre as conquistas de direitos da mulher, precisa ser transmitido, desde cedo, para as meninas, para que possam vir a se tornar mulheres, cada vez mais, empoderadas e conscientes de sua força e de seu papel.

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