José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
Na próxima Legislatura que inicia partir de 1º de janeiro, o prefeito de Guarantã do Norte, Érico Stevan (DEM) deverá ter uma oposição mais amena na Câmara Municipal. Sua coligação-composta pelo Podemos, DEM, Solidariedade e MDB elegeu quatro vereadores.
Já PDT, principal adversário do prefeito, na avaliação de pessoas ligadas ao grupo da administração, saiu enfraquecido do pleito. Em 2016, o PDT elegeu 4 vereadores. Na eleição do dia 15 de novembro, o partido elegeu apenas o vereador Valter Neves Moura, atual presidente da Câmara Municipal.
O vereador Sílvio Dutra, que também foi reeleito, havia trocado o PDT pelo PP. Porém, deverá continuar a ser forte opositor ao lado de Valter, à gestão municipal.
Entretanto, o PSB, partido do vereador Valcimar Fuzinato estava na coligação o Povo no Poder, do candidato derrotado, Celso Henrique, PDT.
A base da administração municipal será composta pelos vereadores Irmão Alexandre (DEM), Zilmar Assis (DEM), David Marques (Podemos) e Demilson Camargo Martins (MDB). Para ter a maioria na Câmara, o prefeito precisará atrair para seu grupo mais um vereador. O foco da administração está voltado para os vereadores eleitos, Alberto Márcio Gonçalves (PSL) e José França (PSD).
Este último se elegeu na coligação do ex-prefeito Lutero Siqueira (PL), mas já teria sinalizado que poderá compor a base do prefeito.
No mandato atual, diversos atritos foram registrados na Câmara Municipal entre os dois grupos que são rivais político no município. A oposição, a princípio era maioria, mas o prefeito Érico Stevan conseguiu cooptar o vereador Irmão Alexandre, que em 2016 foi eleito no PSC, levando-o para fazer parte de sua base. Reeleito pelo DEM em 2020, Irmão segue como um dos principais aliados do chefe do Executivo na Câmara Municipal.
No entanto, o cenário politico de Guarantã do Norte irá se desenhar em 1º de janeiro e a “prova de fogo” para ambos os grupos será a eleição que irá eleger o próximo presidente da Câmara Municipal.
Estão na disputa para a presidência da Câmara os vereadores David Marques, aliado do prefeito, e o vereador eleito, professor Valcimar Fuzinato (PSB), que tem uma identificação maior com a oposição.
David, supostamente, teria quatro votos para a eleição da mesa. Além dele próprio, teria o voto do vereador Irmão Alexandre, de Zilmar Assis {ambos do DEM} e do vereador eleito, Demilson Camargo Martins (MDB). E estaria tentando buscar os votos dos vereadores Alberto Marcio (PSL) e José França (PSD).
Já Valcimar teria três votos. Além dele próprio, contaria com o voto do vereador Sílvio Dutra (PP) e de Valter Neves Moura (PDT). Para conseguir se eleger presidente, precisaria de conquistar mais dois votos, que seriam Alberto Márcio e José França.
Todavia, ainda não se sabe qual será o posicionamento do vereador Alberto Márcio [militar da Base Área do Cachimbo]. Já José França estaria propenso a migrar para o grupo do prefeito Érico Stevan.
O professor Valcimar, procurado por Mato Grosso do Norte, disse apenas que ainda está conversando e que não tem nada definido.
Já o prefeito Érico Stevan afirma que não tem preferência em particular por nenhum vereador para a presidência da Câmara Municipal. Segundo eles, todos estão qualificados para a função. Érico também diz que espera que o relacionamento entre o poder Executivo e o Legislativo, seja o melhor possível, com respeito de ambas as partes e com prioridade para os interesses do município.