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Política Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2019, 00:00 - A | A

09 de Dezembro de 2019, 00h:00 - A | A

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Estatística da violência contra a mulher é crescente em Alta Floresta



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

De 3 a 7 de dezembro, Alta Floresta celebra a Semana da Não Violência Contra a Mulher. O Brasil ainda é o 5º país com maior número de homicídios de mulheres, segundo o Mapa da Violência 2015. 
Durante a semana passada, o Conselho da Mulher em Alta Floresta, que tem como presidente, a professora Ilmarli Teixeira, desenvolveu diversas atividades e campanha de divulgação e conscientização sobre a violência contra as mulheres no município. 
Segundo Ilmarli, foram muitas as ações no decorrer das últimas três semanas, principalmente sobre o Conselho da Mulher.
“Infelizmente a população ainda desconhece a existência do Conselho da Mulher e o acompanhamento que o órgão faz com as mulheres vítimas de violência. Hoje os dados de violência doméstica, ultrapassam a 15 mil e 800 casos. Em 2018, o levantamento de violência doméstica e familiar também ultrapassou este número de mulheres que sofreram violência. Em 2018, a violência sexual contra as mulheres foram 4.991 casos, violência moral, 3.960 casos, violência psicológica atinge 23. 937 mil mulheres. E 30 mil 918 mulheres foram vítimas de violência física”, relata.
Em Alta Floresta, segundo a presidente do Conselho, é alto a incidência de Boletins de Ocorrências relacionados a violência física, doméstica e da violência familiar.
“Esses Boletins de Ocorrência tem sido frequentes e Alta Floresta registra um número alto de agressões contra mulheres. Esse número ultrapassa a 400 ocorrências. Temos observado e feito comparações, e nos últimos 6 meses tem teve um aumento significativo deste quadro”, enfatiza Ilmarli.

No entanto, conforme ela, a violência sexual, de gênero, assédio sexual, assédio moral, verbal e virtual, pelas redes sociais são crescentes. “Nós estamos nesta luta, justamente para isto... Para que as mulheres vítimas, denunciem pelos telefones dos disque denúncias, tanto a nível de Alta Floresta como a nível nacional, e há também o telefone da própria polícia. Este trabalho é permanente e esta campanha não pode parar. Tem que estar na ordem do dia, na casa das pessoas”, observa.

No entanto, a presidente afirma que é necessário que o poder público faça a sua parte e crie as políticas públicas voltadas à proteção das mulheres. 
Porém, avalia que os agressores também precisam de tratamento, porque no fundo, são homens doentes.
“Estamos nesta campanha de divulgação, para dizer que o conselho existe, e que nós estamos à disposição para acompanhar as vítimas em buscas das resoluções. Seja no Ministério Público, seja das medidas protetivas, do apoio psicológico ou de qualquer outro aspecto de proteção. Mas é importante que a sociedade tenha conhecimento que a violência contra a mulher, os feminicídios, tem aumentado significativamente. E isto traz consequências para as famílias, para os filhos. Por isso, temos que ter condições de enfrentar estes desafios e minimizar tudo isto”, enfatiza. 

Telefones para denunciar
190 ou 3521 -2086
Nacional-180

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