Thalyta Amaral
Sete ex-senadores de Mato Grosso custam R$ 1,3 milhão por ano aos cofres de públicos, entre aposentadorias e pagamento de pensão para dependentes, com gasto de R$ 103 mil por mês. Com valores que variam de R$ 8,7 mil a R$ 22,1 mil, esses salários são pagos pelos contribuintes e no Brasil custam R$ 22 milhões por ano, com nomes que estão na lista de pagamentos desde a ditadura militar.
Dos que recebem a aposentadoria, o maior valor é de Júlio Campos, que se aposentou pelo PFL, hoje DEM, e recebe R$ 22,1 mil mensais. Depois dele a maior aposentadoria é de Márcio Lacerda, do MDB, com R$ 17,6 mil, advogado que foi senador de 1987 a 1995 e chegou a ser um dos líderes do partido no estado.
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Em terceiro lugar entre os ex-senadores de Mato Grosso aposentados está Antero Paes de Barros, do PSDB, que foi senador de 1999 a 2007, e hoje atua como consultor de campanhas políticas, recebe R$ 15.400. Outro nome na lista de aposentados é Louremberg Nunes, do MDB, que também foi senador entre 1987 e 1995, mas tem vencimento de R$ 13.200.
Entre os ex-senadores que deixaram pensão para dependentes e cônjuges, estão Benedito Canellas, do PDS, empresário que foi o primeiro senador eleito após a divisão do estado e ocupou o cargo de 1979 a 1987, falecendo em 2016. Canella deixou pensão de R$ 13.200.
Jonas Pinheiro, do DEM, faleceu em 2008, em pleno mandato de senador, que teve início em 2003. Para os dependentes, Pinheiro deixou uma pensão de R$ 12.600.
Jornalista, professor e advogado, Gastão Muller foi senador por Mato Grosso de 1963 a 1965 e depois de 1979 a 1987, pelo antigo Arena, partido que deu apoio à ditadura militar. Ao falecer, em 1996, deixou pensão de R$ 9.400.
Vale lembrar que além da aposentadoria, os ex-senadores também podem utilizar o sistema de saúde do Senado, que tem em sua rede credenciada os hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo.