Sexta-feira, 09 de Maio de 2025

Política Sexta-feira, 09 de Maio de 2025, 08:43 - A | A

09 de Maio de 2025, 08h:43 - A | A

Política / Megaoperação

Ex-vereador de Alta Floresta é um dos alvos da operação que investiga fraudes em contratos de poços artesianos

Juliano Jorge Boraczynski, presidente da Metamat e irmão do ex-deputado Romoaldo Júnior foi submetido a medidas cautelares



Assessoria

Um esquema montado para desviar dinheiro da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) foi desmantelado na quinta-feira, 8, após a Polícia Civil deflagrar a Operação Poço Sem Fundo. A investigação, que começou após uma denúncia do Governo do Estado, aponta que um grupo formado por empresários, servidores e ex-funcionários fraudavam contratos para perfuração de poços artesianos.

Conforme a polícia, as empresas contratadas deveriam construir poços artesianos e garantir distribuição da água para os moradores de comunidades rurais.

Contudo, as auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram inúmeras irregularidades, como poços que não foram encontrados nos locais indicados ou poços que foram perfurados sem condições de armazenamento da água, e até mesmo casos em que os próprios moradores das comunidades rurais improvisavam modo rudimentar para acessar a água do poço.

Foram identificados poços que teriam sido construídos dentro de propriedades particulares, áreas de pastagens e plantações, garimpos e até dentro de uma granja, além de outros em áreas urbanas, em completo desvio ao objetivo de atender comunidades rurais.

Nas auditorias, a CGE identificou que houve diversas falhas durante a execução das obras e fiscalização, que resultaram no pagamento pela perfuração de poços secos ou improdutivos. De 55 poços identificados na auditoria, em novembro do ano passado, apenas 20 estavam em operação.

Um dos alvos da operação foi Juliano Jorge Boraczynski, ex-diretor presidente da Metamat e irmão do ex-deputado Romoaldo Júnior (Já falecido).

Juliano foi submetido a medidas cautelares diversas à prisão, como determinação de auditoria pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT), suspensão de pagamentos às empresas ilegalmente beneficiadas, proibição de contratar com o poder público e impedimento de nomeação ou contratação dos investigados no poder público estadual).

De acordo com os apontamentos da Controladoria, as inexecuções parciais dos contratos, pagamentos indevidos e transgressões nos termos das contratações resultaram em prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões aos cofres públicos.

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]