Lucas Rodrigues
Secom-MT
O governador Mauro Mendes pediu ao presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, que apoie Mato Grosso na cobrança aos países ricos sobre os créditos obtidos com a redução da emissão do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Mauro e Mourão se reuniram na manhã desta terça-feira, 10, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, para alinhar estratégias voltadas ao desenvolvimento, proteção e preservação da Amazônia Legal.
“Precisamos trabalhar de forma ostensiva na cobrança dos créditos de carbono por parte dos países ricos, conforme ficou definido em tantas reuniões e acordos internacionais. O que o Brasil faz hoje em termos de preservação ambiental nenhum país do mundo faz”, afirmou Mendes.
De acordo com o governador, somente o estado de Mato Grosso possui créditos acumulados da redução de carbono na faixa de 1 bilhão de toneladas.
O governador ainda pediu maior prioridade para os investimentos em infraestrutura e logística. “A logística é fundamental para o nosso estado. É preciso intensificar as ações para viabilizar a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), a Ferrogrão e a conclusão de toda a extensão da BR-163. Precisamos que a logística avance para nos tornarmos ainda mais competitivos”, concluiu.
O presidente em exercício corroborou a fala do governador. De acordo com Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia, o Governo Federal deverá buscar estudos técnicos para poder “precificar” a redução do CO2.
“O Brasil contribui com a estabilidade do clima do mundo e isso requer um custo muito grande. É uma discussão séria que precisa ser melhor debatida. A minha sugestão é buscar a Academia, para que faça um estudo de modo a precificar essa questão. Essa é uma das tarefas que iremos colocar em prática”, garantiu.
O reforço na infraestrutura de Mato Grosso também foi destacado pelo general Hamilton Mourão.
“O Estado de Mato Grosso perde 15% do valor de produção, no mínimo, por conta de deficiências na infraestrutura. Vamos continuar olhando com firmeza para a questão das ferrovias e da BR-163”, ressaltou.