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Política Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 08:44 - A | A

26 de Maio de 2025, 08h:44 - A | A

Política / Alta Floresta

História política: “Ser vereador foi uma decepção para mim”

Dr. Cézar Mário Dalla Riva foi vereador em Alta Floresta de 1997 a 2000



José Vieira
Mato Grosso do Norte

O ex-vereador Dr. Cézar Mário Dalla Riva [1997/2000] não guarda boas recordações de sua passagem pela Câmara Municipal de Alta Floresta. Após concluir o mandato, desiludido com a política, ele não quis se candidatar à reeleição.

Modesto, apesar de ter criados leis importantes, inerentes aos Direitos da Criança e ao Adolescente, como a Criação do Fundo Municipal da Criança e Adolescente, a instituição do Conselho Tutelar e outras matérias importantes que se transformaram em leis municipais, ele avalia que sua colaboração para o município como parlamentar, não foi significante.

Aos 88 anos, lúcido e com boa saúde, Dr. Cézar relembra que não pretendia se envolver com política. No entanto, sua candidatura a vereador se deu por insistência de Vicente da Riva, que seria candidato a prefeito e reiterou-lhe o pedido para ele ser candidato e ajudá-lo no processo eleitoral. E pelo seu respeito à memória do Colonizador Ariosto da Riva, acabou cedendo aos apelos.

“Ele pediu-me para ajudá-lo e acabei aceitando ser candidato, mas foi contra minha vontade. Não queria me meter nisto!”, enfatiza.

Foi eleito com expressiva votação. No entanto, disse que o sistema político predominante na época, não permitia que ele, como integrante da base do prefeito, tivesse autonomia para votar contra ou a favor das matérias do executivo, conforme seu entendimento.

E revela que nos bastidores, se usavam até chantagens na hora de discutir determinados projetos que eram enviados para à Câmara, para forçar os vereadores que tinham posicionamentos contrários, votarem a favor da matéria.

“O que acontecia na Câmara era que tinha uns três vereadores antigos. O Paulão (Paulo César Leinig) que era líder do prefeito, Luiz Carlos Doglas Arisi e alguns outros que manobravam as coisas na Câmara Municipal. E tinha projetos que chegavam na Câmara e eu falava para eles: gente eu não vou votar isto aqui, é contra os meus princípios. Eles respondiam que: ‘se você não votar está fora do grupo da base do prefeito”, disse.

Outro batalha que o ex-vereador relembra que enfrentou, foi para quebrar o monopólio do serviço funerário, que na época era uma concessão pública, aberta para apenas uma empresa, sedimentada numa lei municipal que prevalecia deste o primeiro prefeito.

“Eu demorei 2 anos numa luta para abrir este serviço. Consegui, mas confesso que não foi fácil devido aos interesses que estavam envolvidos. E depois disto, entendi que talvez não valesse tanto a pena empreender tanta energia para este tipo de causa. Foi para mim um desencanto ser vereador. E disse chega! E fique lá passando o tempo até concluir o mandato”, revela Dr. Cézar.

“Mas tudo bem! Foi uma experiência e acho que, de alguma forma dei a minha contribuição, sobretudo nesta questão dos menores”, completa.

 

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Abrahao lincon 26/05/2025

Realmente homens sérios e bons costumes sempre acaba se decepcionando com o sistema politico , tem que ter fígado bom para permanecer ao meio do podridão da política.

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1 comentários

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