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Política Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 14:39 - A | A

16 de Maio de 2025, 14h:39 - A | A

Política / Alta Floresta 49 anos

História política: um vereador de carreira marcante e trágico final

Durante 12 anos, Paulo Cézar Leinig reinou na política de Alta Floresta, mas seu final foi dramático



Reportagem/ Mato Grosso do Norte

Um dos políticos mais influentes da história de Alta Floresta, saiu de cena nos primeiros anos do século 21. Mas durantes 12 anos e três mandatos de vereador, sua carreira foi de muitas articulações e com livre acesso nas esferas de poder do município.

Trata-se de Paulo Cezar Leinig. Na eleição de 1988, quando Elói Luiz de Almeida se elegeu prefeito de Alta Floresta, Paulão [como era chamado] iniciou sua trajetória de vereador. Era filiado no MDB, mesmo partido do prefeito. Foi eleito presidente da Câmara Municipal para o biênio 1991/1992.

Reeleito vereador em 1992, atuou como oposição ao então prefeito Robson Silva. Era visto como um político de habilidade e muito bem articulado. Na eleição de 1996, trocou o MDB pelo PSDB e foi um dos articuladores do projeto vitorioso de Vicente da Riva à prefeitura de Alta Floresta.

Neste mandato, presidiu o PSDB no município e foi líder do prefeito Vicente da Riva na Câmara Municipal. Ganhou visibilidade entre os tucanos de alta plumagem que conduziam a política de Mato Grosso, durante o primeiro mandato do ex-governador Dante de Oliveira, que comandou o Estado por dois mandatos.

No entanto, na eleição de 2000, não conseguiu se reeleger e teve início seu declínio político. Havia se separado de sua primeira esposa e teve um relacionamento com a também vereadora Margareth Noujain.

Abandonado pelos correligionários e preterido no meio político, o ex-vereador [que também se separou da segunda esposa, com quem teve uma filha] não suportou o ostracismo e se suicidou.

No dia 16 de maio de 2005, Paulão cometeu suicídio. Seu corpo foi encontrado naquela noite, por volta das 20h, sobre a cama, na casa que dividia com um amigo, com um tiro de espingarda na cabeça.

Ele tinha 54 anos e deixou uma carta endereçada à família, cujo conteúdo não foi revelado. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de Alta Floresta e sepultado no cemitério Jardim da Saudade.

Apesar de seu triste crepúsculo, Paulão entrou para os anais, como um político de história marcante, que prestou uma importante colaboração para Alta Floresta.

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