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Política Segunda-feira, 05 de Março de 2018, 00:00 - A | A

05 de Março de 2018, 00h:00 - A | A

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Impasse entre BB e prefeitura de Guarantã termina com audiência pública



José Vieira do Nascimento
Mato Grosso do Norte

Uma importante audiência pública foi realizada na noite de quinta-feira,1, na Câmara Municipal de Guarantã do Norte, para debater um impasse entre a administração municipal e o Banco do Brasil, que retrocedia ao início de 2017. 
O prédio onde está instalado o Banco do Brasil em Guarantã foi construído com a ajuda da comunidade e faz parte do patrimônio do município. Após a construção no início dos anos ‘90’, município cedeu as instalações ao banco em sistema de Comodato por tempo indeterminado. 
No entanto, como acontece em outras cidades da região, como Matupá, onde o município entrou em acordo com o banco para a instituição começar a pagar aluguel do imóvel e o valor ser destinado a APAE, a prefeitura de Guaranta cobrou o pagamento do aluguel do banco para a mesma finaliade.
Desta forma, após ser eleito, o prefeito Érico Stevan iniciou a tratativa com a direção da Banco do Brasil para que o aluguel passasse a ser pago. Todavia uma série de impasse foram surgindo ao longo das negociações, resultando em um impasse entre a prefeitura e a instituição financeira.
O prefeito Érico explica que desde outubro de 2016 quando foi eleito, começou a negociar com a gerência de Guarantã do Norte e superintendência estadual, sobre o pagamento do aluguel. Conforme ele, após uma conturbada negociação, foi definido o valor de R$ 5.800,00. O projeto foi elaborado e aprovado por unanimidade pela Câmara, a prefeitura seguiu todas as orientações sobre a documentação necessária, mas o banco não pagou o aluguel.
“Estou cobrando desde outubro de 2016. O prédio é do município e acho justo que o banco pague. Eu fui eleito e sou pago para defender o município e é isto que estou fazendo. Se o pagamento tivesse sido feito, não teria havido nenhum impasse”, justificou o prefeito.
Diante da conflagração criada em torno desta questão, o vereador Valter Neves Moura (PDT) decidiu convocar a audiência pública para que as partes chegassem ao bom termo e a situação fosse esclarecida para a sociedade.
“Sou favorável que o banco pague o aluguel para a APAE e o meu objetivo é intermediar esta questão para que haja uma discussão e o impasse seja resolvido. O prédio foi construído pela comunidade de Guarantã, o comodato já venceu e minha intenção junto com a Câmara, é definir a situação. Como o prefeito deu um prazo para o banco desocupar o prédio, convoquei a audiência para o prefeito, representantes do banco e sociedade, discutir e resolver”, disse.
Durante a audiência, o representante do Banco do Brasil, Paulo Beregula, gerente geral do Banco do Brasil em Sinop, demonstrando boa vontade e interesse em resolver a questão, apresentou a minuta de um contrato, no valor de R$ 5.800,00 por mês, com data retroativa ao mês de abril de 2017, para a prefeitura e a Câmara analisarem.
“Reconheço que o banco teve parte da culpa neste atraso, mas que agora está buscando uma solução. Como empresa pública, teve atraso devido a parte burocrática.  Reconheço que houve muita troca de ofícios e pouco diálogo, mas já é tempo de resolver e estou entregando a minuta do contrato para o prefeito para a análise do jurídico da prefeitura. Se for aceito, assinaremos o contrato e passaremos a fazer os pagamentos”, assegurou Paulo.
O prefeito Érico Stevan afirmou que a minuta do contrato será analisado pelo jurídico da prefeitura e se for aceito, a situação irá se resolver. “Não é nada pessoal contra o banco do Brasil. A folha de pagamento da prefeitura é paga pelo banco, assim como as aplicações da Previdência dos Servidores municipais. Mas como prefeito, o meu posicionamento foi para defender o município”, enfatizou Érico.
O vereador Valter Neves também disse ter ficado contente com o resultado da audiência. “Fizemos esta intermediação e foi muito válido para o município, porque houve um esclarecimento para a população. O representante do Banco do Brasil assumiu parte da culpa e apontou uma solução. Agora acredito que o impasse será resolvido e em breve este recurso chegará à APAE”, observou Valter

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