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Política Quarta-feira, 02 de Dezembro de 2015, 00:00 - A | A

02 de Dezembro de 2015, 00h:00 - A | A

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Mato Grosso vai reduzir desmatamento a zero até 2020

Jornal Mato Grosso do Norte



go Andrade
GCom-MT 

Durante a Conferência do Clima (COP 21), que é realizada neste mês em Paris, na França, o Governo de Mato Grosso apresentará uma ousada estratégia para a redução de emissões de CO2 que pode chegar a seis giga toneladas, em 2030. Tudo isso aliado com o aumento da produção, conservação florestal, inclusão socioeconômica da agricultura familiar e populações tradicionais na luta pela sustentabilidade. O estado terá desmatamento zero já em 2020, dez anos antes da meta apresentada pelo Brasil.
Na visão de futuro a ser apresentada na COP 21, Mato Grosso trabalha com o tripé: produzir, conservar e incluir. Para o sucesso da estratégia, o Estado estima investimento total de R$ 39 bilhões, em 15 anos. Os recursos virão do Governo do Estado, Governo Federal, fundos de investimentos estrangeiros e da iniciativa privada. “A estratégia de Mato Grosso é ambiciosa e só é possível com essa união de forças”, declarou o governador Pedro Taques.
No eixo produzir, a estratégia prevê a substituição de 6 milhões de hectares de pastagens de baixo rendimento por cultivos de alta produtividade, sendo 3 milhões de hectares para grãos (soja, milho e algodão); 2,5 milhões de hectares para a pecuária e meio milhão para floresta plantada. O objeto neste primeiro eixo também é alcançar 6 milhões de hectares de florestas nativas sob manejo florestal sustentável.
“Vamos aumentar nossa produtividade sem derrubar uma árvore sequer. Existem estudos que mostram que dentro desses 40% de área que já estão em uso é possível usar 16 milhões de hectares para a produção. Hoje, Mato Grosso produz 52 milhões de toneladas de grãos, a estimativa é de que com o uso dessa área possamos chegar a 90 milhões de toneladas, quase metade das 200 milhões de toneladas que o Brasil produz atualmente”, disse Taques.
No segundo eixo, o conservar, a estratégia é de manter 60% de cobertura vegetal nativa. Ao mesmo tempo reduzir o desmatamento em 90% na floresta e 95% no cerrado. A meta também prevê o fim do desmatamento ilegal até 2020, além da compensação de 1 milhão de hectares de áreas passíveis de desmatamento legal e a recuperação de 2,9 milhões de hectares de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).
O Estado também vai cadastrar 90% dos imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR), até 2016, com a validação de 100% das inclusões até 2018. O mesmo eixo também prevê a regularização de 5,8 milhões de hectares de Reserva Legal, sendo que 1,9 milhão de hectares será feita recomposição até 2030.

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