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Política Terça-feira, 17 de Julho de 2018, 00:00 - A | A

17 de Julho de 2018, 00h:00 - A | A

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MDB fecha com Mauro e abandona Fagundes



A pré-candidatura de Mauro Mendes (DEM) ao Governo do Estado, nas eleições deste ano, vai ter o apoio do MDB.O acordo foi selado ontem entre o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM), candidato ao governo, e o deputado federal Carlos Bezerra (MDB), cacique e manda-chuva do MDB em Mato Grosso. A diferença de 1998 é que o MDB não faz questão de estar na chapa majoritária.

A reunião que definiu o apoio ocorreu no sábado (14) passado, com anuência do cacique do MDB em Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra. Até então o MDB estava no grupo que sustenta a pré-candidatura do senador Wellington Fagundes (PR) ao governo.

Apesar do apoio do MDB, o pré-candidato a vice-governador de Mauro Mendes permaneceria o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT). “O MDB não vai lançar candidato a vice”, disse Zeca Viana referindo-se aos rumores de bastidores que seria o ex-prefeito de Sinop Juarez Costa (MDB).

O principal motivo da aliança seria o senador Wellington Fagundes (PR), que segundo os emedebistas, trás mais incertezas do que certezas em sua pré-candidatura ao governo.

Segundo os emedebistas, Fagundes diz que tem a intenção de ser candidato, mas não demonstra ações efetivas. "Nós não podemos correr o risco de ficar em um projeto e lá na frente ele não concretizar. Não podemos perder o time político", disse um parlamentar.

Caberá a Carlos Bezerra iniciar o trabalho de convencimento interno do MDB para aceitar a aliança, já que muitos ainda defendem Wellington Fagundes.

O MDB, que se encontra na oposição desde janeiro de 2015, foi a principal sigla que liderou o grupo de oposição para uma candidatura ao governo. No ano passado, o nome mais cotado era do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim.

Porém, o projeto foi abortado por conta da operação 'Malebolge', que afastou o conselheiro de suas funções e lhe causou várias restrições, como por exemplo, não conseguir se aposentar.

Diante disso, o grupo decidiu lançar o senador Wellington Fagundes (PR), que vem pontuando bem nas pesquisas, porém, ainda não tomou medidas efetivas de sua candidatura.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), é um dos defensores da candidatura de Fagundes ao governo. Tanto que já comunicou Wellington que iria ajudar no convencimento de outras siglas como PP e PTB, para permanecer junto com o PR. 

PP FICA-  O presidente do PP em Mato Grosso, deputado federal Ezequiel Fonseca, afirmou que a sigla vai manter o apoio à pré-candidatura ao Governo do senador Wellington Fagundes (PR), mesmo com a saída do MDB.

A sigla do deputado federal Carlos Bezerra decidiu se juntar ao também pré-candidato Mauro Mendes (DEM). O partido era um dos maiores do grupo de Wellington.

“Estamos fechadíssimos com o Wellington. E não há temor de que ele recue”, disse.

Ezequiel também negou que esteja em negociações com Mauro, para também se juntar ao grupo do ex-prefeito. Ele disse ter compromisso com a chapa do senador.

“Não conversei com ele [Mauro Mendes]. Estou bem aqui, estamos trabalhando uma chapa. A menos que haja uma mudança total. Temos prazo até 5 de agosto”, afirmou se referindo ao prazo das convenções partidárias.

“Então, quanto às conversações, elas existem, mas o PP não tem feito esse exercício, porque a gente tem compromisso com Wellington”, disse.

Chapa de 1998- Questionado sobre a possibilidade de a saída do MDB enfraquecer a chapa de Fagundes, Ezequiel lembrou o episódio em que a sigla de Bezerra se juntou a do ex-governador Júlio Campos (DEM).

À época, a chapa de Júlio era a favorita para a vitória em cima da reeleição do então governador Dante de Oliveira, do PSDB.

Ao final, Júlio acabou em segundo lugar, com 37% dos votos, e Dante com 53,9%. Bezerra, que tentou ser senador, também saiu derrotado.

“Falar que enfraquece, depende do ponto de vista. Se você olhar lá para trás, das coligações do MDB com o DEM, tem um passado negro. Então, tem que avaliar. Mas são coisas da política”, disse o parlamentar.

 

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