José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
Moradores da comunidade Céu Azul, em Alta Floresta, estão ilhados a cerca de 15 dias. Funcionários da prefeitura foram ao local, arrancaram a ponte que servia de acesso para os moradores se deslocarem para a cidade, mas não voltaram mais ao local.
A ponte estava com a estrutura comprometida e oferecendo risco. No entanto, a prefeitura desmontou a ponte e não deixou alternativas para os moradores passarem, se utilizando de qualquer tipo de veículo.
“Eles simplesmente arrancaram a ponte e não voltaram para arrumar. A outra rota que tínhamos para vir para a cidade é pela Quinta Oeste. Mas por lá, tem uma ponte quebrada desde o mês de dezembro de 2019. Por este caminho, saímos no bar do Bigode, e retornamos pelo asfalto para Alta Floresta. Mas agora não passa carro também. Esta ponte (da Quinta Oeste) está caindo. Mas a prefeitura não a interditou e moto ainda passa”, explica a moradora Eliete Maria dos Santos.
Segundo ela, quando os moradores procuram a prefeitura para cobrar o serviço, a resposta é que não é possível arrumar por causa das chuvas.
“A gente entende que está chovendo muito, mas o problema é que a prefeitura demorou e agora culpa o clima para não realizar o serviço. Se quisessem, daria para ter feito antes, mas não se importam e os moradores que sofrem as consequências”, enfatiza.
Outra falha apontada por Eliete, é que a prefeitura nem sequer se deu ao trabalho de sinalizar o local que está sem a ponte.
Conforme ela, tem moradores que ficam nas fazendas e demoram muitos dias para vir à cidade.
“Tem morador que fica 60 dias na fazenda sem vir, é até perigoso acontecer um acidente. Simplesmente arrancaram a ponte e não sinalizaram. E até agora não voltaram para arrumar”, enfatiza.
Segundo Eliete, as crianças da comunidade Céu Azul, que estudam na rede municipal e na Escola Manoel Bandeira, são obrigadas a passar sobre uma pinguela para pegar o ônibus na outra margem.