Reportagem/ Mato Grosso do Norte
O deputado federal Neri Geller (PP) decidiu recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mantém a sua candidatura ao Senado Federal. A decisão de manter a candidatura ocorreu na manhã desta quarta-feira (24) após reunião com o núcleo de campanha.
Decisão do TSE dessa terça-feira (23) por unanimidade o cassou e o tornou inelegível por 8 anos.
O deputado federal Neri Geller (PP) afirmou que o Ministério Público Eleitoral (MPE) induziu o Judiciário a cometer um erro deferindo o pedido de sua cassação em julgamento na última terça-feira (23). Em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, Neri Geller declarou que respeita o órgão ministerial, mas chamou a cassação de injusta e reafirmou que as transações financeiras questionadas pelo MPE diziam respeito à sua atividade como produtor agrícola.
O deputado também adiantou que seus advogados já trabalham para reverter o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda não foi publicado. Na noite de terça, em decisão plenária, os ministros da Corte consideraram Neri Geller culpado da prática de abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
"Não devo uma vírgula. Eu não devo uma vírgula nesse processo. Eu estou habilitado, não tenho uma vírgula que me desabone e não tenho nenhum motivo para recuar. Pelo contrário, se o nosso grupo definir, nós vamos para cima. Eu não tenho medo de fazer enfrentamento", disparou.
A ação que cassou Neri Geller é referente à eleição de 2018. Em 2020, a Justiça Eleitoral negou o pedido por 5 votos a 2. Geller é acusado de ter realizado doações na campanha de 2018, que totalizaram R$ 1,327 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. Tais doações, somadas aos próprios gastos de sua campanha, que foram declarados ao valor de R$ 2,4 milhões, ultrapassariam o limite dos gastos de campanha estipulado em R$ 2,5 milhões.