José Vieira
Mato Grosso do Norte
O princípio de incêndio ocorrido na Escola Infantil de Alta Floresta, Laura Vicuña, foi pauta de uma entrevista coletiva na sede da prefeitura, na tarde de quarta-feira, 15. Prefeito, secretaria de Educação e equipe de Engenharia da prefeitura explicou o grave acontecimento.
O fato aconteceu no dia 13 de fevereiro, quando houve um curto circuito em um fio da rede elétrica que ficou derretido.
Para os representantes da prefeitura, a responsabilidade do que aconteceu, seria da Energisa, que teria usado material inadequado na instalação de energia da Escola e da diretora da escola que teria sido alertada para não ligar ar condicionado e chuveiro, mas não seguiu estas orientações.
A escola passou por uma reforma. E segundo o prefeito Chico Gamba, a parte interna é toda nova, com os componentes de acordo com o projeto.
“O problema é a ligação que ainda não foi feita. A Cemat [disse Cemat, mas deve ter se referido a Energisa] puxou uma nova rede para a prefeitura colocar um padrão que tivesse uma potência maior, para fazer a ligação. Mas foi feita a avaliação pela equipe técnica da prefeitura. Dentro do prédio é tudo novo e não teria problema”, justifica.
Segundo o gestor, se tivesse sido usado menos carga na escola não teria acontecido o incidente. “A sobrecarga é feita pela parte externa. Pela parte interna do prédio pode ligar ao mesmo tempo que não tem problema”, pontua.
A secretária de Educação de Alta Floresta, Lucinéia Martins, a Neínha, disse que quando a prefeitura entregou a escola, foi asegurado que no local, poderia ter aula e os alunos serem acolhidos no espaço melhor que em 2022, quando havia muitas reclamações.
Segundo ela, quando entregou a escola, a equipe técnica fez vistoria e constatou a segurança, fez as orientações necessárias para que a escola poderia funcionar com as crianças em um espaço adequado. “Enquanto secretaria e prefeitura, fizemos nosso dever e trabalho para a segurança das crianças”, disse.
A secretária observou que no dia do fato, foi a última pessoa a ser informada. “Quando fui informada, procurei fazer o conserto do fio que entrou em curto. Não falei com a imprensa porque estava aguardando laudo técnico.
Segundo ela, houve um esforço para a escola ser entregue e as aulas começarem, porque a Laura Vicuña, mesmo sem ar condicionado e outros itens, seria melhor do que onde as crianças estavam antes. “O pedido era que a mudança fosse feita e pedimos para usar com cautela e cuidado”, enfatiza.
Secretária de Educação e equipe técnica da prefeitura afirmam que orientaram a direção da escola a não ligar o ar condicionado
Ela disse que a partir do ocorrido, a secretaria desocupou a escola e enviou um eletricista verificar o que tinha ocorrido com os fios e foi elaborado um laudo técnico.
A engenheira responsável da equipe técnica da prefeitura, Keytiane Morosini disse que no dia do fato ocorrido foi fazer uma verificação da obra junto com a fiscal de contrato, engenheira Creidiane e verificaram que nada foi feito disforme ao projeto.
“Tudo está executado de acordo com o projeto, foi aprovado na Energisa e não tem irregularidade na obra. Temos o corpo técnico da prefeitura, que é formado por arquitetos e engenheiros que fazem a fiscalização das obras, e tudo foi feito de acordo com as normativas vigentes, a gente respondeu a este laudo técnico para a secretária, que tudo está de acordo com o que a Energisa pede”, assegura.
No entanto, ela disse que quando a obra foi entregue, foi orientado para a diretora e coordenadores, que a instalação é provisória.
“Isto quer dizer que é uma instalação que se pode utilizar as tomadas de uso geral e as lâmpadas, que é circuito mais simples e não tem uma carga superior a 10 amperes. Foi orientado a diretora para que não ligasse os ar condicionados e os chuveiros. Isto tudo foi orientado porque a parte externa do quadro de distribuição da escola até o transformador é uma competência da Energisa”, explica.
A engenheira ainda disse que a prefeitura teve que contratar um outro profissional para fazer este serviço, mas isto não foi executado em tempo hábil para o início das aulas, porque os materiais elétricos tinham que ser licitados. “Não teria nenhum problema desde que não ligasse os ar condicionados e os chuveiros para não ter a sobrecarga da instalação elétrica e isto tudo foi orientado a diretora”, reitera.
“Jamais a gente atestaria uma obra se estivesse algum risco de segurança para os usuários”, acrescenta.
Todas as 8 escolas que foram reformadas pela prefeitura, segundo ela, foram entregues com ligações provisórias.
A diretora da Escola Laura Vicuña, Cléia Rodrigues, disse à Mato Grosso do Norte que as afirmações que as acusações que estão sendo feitas à ela, não correspondem com a verdade