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Política Quarta-feira, 04 de Março de 2020, 00:00 - A | A

04 de Março de 2020, 00h:00 - A | A

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Presidente da Ager denuncia ameaças



O presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT), Fábio Calmom, requereu que seja acompanhado por seguranças. O pedido foi feito à Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) após receber constantes ameaças de empresários ligados ao transporte no Estado.

Em entrevista à TVCA, na manhã desta terça-feira (3), Calmom revelou que uma servidora pediu para sair do cargo, porque começou a receber ameaças ao iniciar auditoria nos convênios com as empresas de transporte. “Ela pediu para sair porque não queria morrer”.

O presidente relata que as ameaças deixaram de circundar a equipe e se direcionaram a ele, também. Calmom já registrou dois boletins de ocorrências e pediu reforço na segurança.

Acredita que tais ameaças são decorrentes do trabalho realizado no setor, desde que assumiu o cargo, em 2018. Relata que ao chegar ao cargo encontrou um cenário de cobrança abusiva no preço das pesagens, serviços precários e sonegação de impostos em torno de R$ 6 milhões ao ano, mas esse número pode ser muito maior, como conta o presidente.

Em 2019, a tarifa de passagens das empresas que operação no Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá foram reduzidas e sonegadores passagem a pagar tributos.

“As empresas que assinaram contratos em 2019 pagaram em um mês o que outras não pagaram em 5 anos”, relata.
Outro ponto de irregularidade apontado pelo presidente e que pode ser um dos motivos das ameaças é as tratativas para concessão da rodoviária, vencida em 2009 e não foi efetivada. Hoje o terminal está cedido, de forma emergencial para a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda (Sinart). A demora na concessão indica conflito de interesses, na opinião de Calmom.

“O Ministério Público vem combatendo essa grande corrupção desde 1999 e se efetivou muita coisa agora em 2019. Essa é que é a verdade”, relata.

Calmom conta que as ameaças se intensificaram após depoimento ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Pontua que desde a oitiva, tem levado vasta documentação ao órgão. “Tenho informado tudo aos órgãos de controle”, conta.

O presidente relata que é preciso ter cuidado e se precaver, por isso acionou a Casa Militar para as medidas devidas. “Mas não podemos nos intimidar”, frisou.

A assessoria da Sesp informou que o pedido do presidente está sob análise. (Gazeta Digital)

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