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Política Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020, 00:00 - A | A

27 de Novembro de 2020, 00h:00 - A | A

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Proposta do prefeito eleito contempla conclusão da UPA e seu funcionamento 24 horas



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte 

A Unidade de Pronto Atendimento – a UPA- cuja obra foi lançada há mais de 8 anos pela prefeitura de Alta Floresta, mas que continua inacabada e paralisada, é um reflexo do descaso, abandono e sucateamento do setor de saúde do município. Se antes a qualidade do serviço e a estrutura disponibilizada pela administração eram ruins, o atual gestor, apesar de ser médico, desmontou o serviço público de saúde e deixou a população com uma assistência deficiente e desumana. 
A responsabilidade da administração municipal de Alta Floresta, que inicia em 1º de janeiro, é restaurar o sistema de saúde do município para que a população mais pobre possa ser atendida com dignidade. Hoje não há remédios nas Unidades de Saúde e nem na policlínica. Quem tem doenças crônicas e precisa de remédios para controle das comorbidades, não recebe os medicamentos, mesmo sendo uma atribuição do poder público municipal. 
A atual administração retirou a maioria dos agentes de saúde, deixando muitas comunidades rurais descobertas do serviço destes profissionais. Também retirou os medicamentos das Unidades Básicas de Saúde, decisão que afetou sobretudo os moradores da zona rural, que se sofrerem um acidente não há remédios nos postos de Saúde sequer para os primeiros socorros. 
As Unidades Básicas das comunidades rurais estão com suas estruturas comprometidas por falta de manutenção. Os postos de Saúde que foram construídos pela administração atual, apesar de novas, apresentam problemas. Em algumas delas, quando chove entra água, devido à má qualidade das obras, chove dentro, pondo em risco os equipamentos existentes no local.     
A prefeitura de Alta Floresta foi uma das poucas do Estado que não disponibilizou o kit covid para a população durante a pandemia do coronavirus, apesar de ter recebido do governo federal, de recursos extraordinários, mais de R$ 17 milhões, 888 mil. 
O cancelamento da licitação para a conclusão da UPA, foi apenas o desfecho e mais uma das muitas manobras encontradas durante os 8 anos de mandatos do prefeito Asiel Bezerra, para não retomar a obra. 
No dia 23 de outubro, uma licitação que deveria ser realizada pela prefeitura de Alta Floresta para contratar empresa para retomar a construção da UPA, foi cancelada, com o argumento de revisão de planilha. 
Quando foi lançada em 2012, o valor inicial da obra era de R$ 1.192.042,78. Com as revisões de planilhas, o valor do edital cancelado no dia 23 era de R$ 1,4 milhão. Apesar de não haver previsão, a futura administração terá que dar um desfecho para este problema. O Ministério Público Estadual moveu uma ação contra a prefeitura para a obra ser concluída, equipada e entregue à população. A ação ainda espera provimento do juiz e caso seja julgada favorável, o município pagará multa diária de R$ 5 mil se não cumprir a decisão. 
Propostas do futuro prefeito - Em seu plano de governo, o prefeito eleito, Chico Gamba (PSDB), apresentou várias propostas para restabelecer o setor de Saúde do município e ofertar um atendimento digno para a população, caso as sejam efetivadas. Dentre estas propostas está o compromisso de terminar a obra da Unidade de Pronto Atendimento e entregá-la para a população, com funcionamento em tempo integral. 
Ele garantiu que irá pôr a Upa para funcionar durante o dia e a noite para fazer os primeiros atendimentos. “A construção da Upa iniciou há mais de 10 anos e até no momento não foi finalizada. Vamos terminar e vai funcionar 24 horas para fazer os primeiros atendimentos e com isso, desafogar o hospital regional”, disse Chico em áudio de divulgação de suas propostas.  
Outra proposta do futuro prefeito para a área de saúde,  que contribuirá para que haja um importante avanço na qualidade do atendimento à população, e a policlínica localizada no bairro Cidade Alta, que se encontra sucateada. O futuro gestor do município disse que irá pô-la para funcionar 24 horas, com atendimento e medicamento. 
“A doença não tem hora para chegar e temos este compromisso de pôr a policlínica para atender dia e noite a população da Grande Cidade Alta”, garantiu o prefeito eleito em suas propostas.
Outro compromisso do prefeito eleito com relação a saúde e o atendimento com médicos especialistas e disponibilizar equipamentos para pacientes que precisam fazer hemodiálise, que hoje são obrigados a ir para Sinop. 
“A pessoa já está debilitada e ainda ter que fazer uma viagem dessa, é muito desgastante. Queremos que as pessoas sejam tratadas aqui no município, com todos os equipamentos e médicos para fazer um atendimento diferenciado”, garantiu 
O futuro gestor também assegurou que vai convocar os prefeitos dos municípios da região de Alta Floresta, para cobrar do governo estadual a ampliação do hospital regional, principalmente com novos equipamentos. “As pessoas me falam que para fazer uma endoscopia os pacientes são encaminhados para Cuiabá. Isso é um absurdo!”, disse. 

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