O montante da dívida do Estado e a real capacidade de pagamento tem gerado dor de cabeça na equipe de transição do governador eleito Pedro Taques (PDT). O prefeito licenciado de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), que coordena o processo de transição afirma que espera que não tenha nenhuma dívida escondida, para evitar surpresas ao novo governo.
Pivetta diz que sua afirmação se dá por conta do grau de desintegração das secretarias de Estado. "Tem muita coisa que a gente ainda não consegue enxergar", conta.
o entanto, o pedetista diz que tem uma boa relação com o atual governo e que as demandas têm sido atendidas pela equipe de Silval Barbosa (PMDB). Quem coordena a transição pelo atual governo é o secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf.
Afirma ainda que as informações que já chegaram demonstram a necessidade de profundas mudanças na gestão. Tendo em vista que a previsão orçamentária também prevê uma queda na arrecadação de R$ 1 bilhão. O prefeito diz que para compensar isso, será feito cortes e um melhor planejamento.
Já o governador eleito, Pedro Taques revelou na reunião com deputados eleitos, que vai começar sua administração, a partir de 1º de janeiro, enfrentando um déficit de R$ 2 bilhões. Por isso, enfatizou a importância de cortar gastos, com enxugamento da estrutura da máquina e redução do quadro de pessoal, e com uma política forte de melhoria da arrecadação.
Entre as pastas mais problemáticas do ponto de vista financeiro está a Educação, que detém a maior estrutura de todas as secretarias e é comandada hoje pela petista Rosa Neide. O déficit supera os R$ 500 milhões. Todas as pastas, de modo geral, apresentam déficit, o que força o novo governador a manter a linha de austeridade para tentar equilibrar receitas e despesas.
Outra preocupação externada aos deputados estaduais e federais eleitos e suplentes é quanto à folha de pessoal do Estado, que terá R$ 13,6 bilhões de orçamento para o próximo ano. Segundo Pedro Taques, se mantiver o quadro de hoje, o governo vai superar a 60% as despesas com pessoal, o que fere as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal. Entende que a situação financeira não é boa, mas pondera não ser desesperadora. Pediu apoio de todos, acreditando ser possível fazer os ajustes e colocar a máquina em ordem.
Reportagem MT Norte