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Política Sábado, 21 de Maio de 2016, 00:00 - A | A

21 de Maio de 2016, 00h:00 - A | A

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Taques não vai pagar RGA



O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a repetir que não tem dinheiro para quitar a Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% em maio. O gestor de Mato Grosso explicou que o planejamento de sua equipe é não atrasar os salários do funcionalismo público. Em relação ao parcelamento da revisão, proposta sugerida por uma comissão de doze deputados, Taques disse que não teve acesso aos números ainda. As declarações foram dadas pelo chefe do Executivo, na noite desta sexta-feira (20) na formatura dos cadetes do Corpo de Bombeiros, realizado na Arena Pantanal.

“O planejamento é não atrasar os salários. Sabemos que o RGA é um direito do servidor, mas esse direito só poder ser concretizado quando a legislação federal assim for compatível e a Lei de Responsabilidade Fiscal permita. Eu fiz uma escolha e uma opção: e qual foi? Entre manter o salário em dia e pagar o RGA, nós preferimos neste momento manter o salário em dia”. Segundo o governador a negativa neste momento de conceder a RGA, não quer dizer o que o diálogo terminou. “Volto a repetir: isso não significa que nós a cada mês não possamos sentar com o Fórum Sindical e abrir a planilha e mostrar as contas do Estado. Os números estão aí para serem mostrados, não temos nada a esconder”.

Questionado sobre a promessa de greve geral, para a próxima terça-feira, Taques foi taxativo ao dizer que esse não é o momento de parar. “A greve é um direito constitucional, mas nós temos um dado que é fático: não temos dinheiro para pagar RGA agora. Os sindicatos estão falando em greve e eu já falei para eles que esse momento não é hora de greve. O momento é de dialogar”.

De acordo com o chefe do Executivo, todas as ações para reverter essa situação estão sendo tomadas. “É uma questão de conta e o governador precisa fazer quatro tipos de cálculos: primeiro pagamento de pessoal, segundo custeio da máquina - e nós cortamos e muito; terceiro é o investimento - pois precisamos construir escolas, comprar capacetes para os bombeiros, e quarto os encargos da dívida, que já estamos negociando com a União para que reduza os juros”.

Sobre a proposta encaminhada pela comissão de deputados sobre o parcelamento de 7,5% neste mês e os demais 3,78% no fim do ano, Taques desconversou. “Não tive acesso aos números. Eu preciso ver os números desse parcelamento. Hoje (ontem) estive reunido a tarde inteira com a câmara fiscal, são 11 servidores de carreira”.

Pela manhã os deputados Wilson Santos e Emanuel Pinheiro (PMDB), se reuniram rapidamente com o secretário de Gestão (Seges), Júlio Modesto, para entregar a proposta de parcelamento. “Essa proposta que está sendo recebida será levada para análise da equipe econômica. A nossa equipe já está reunida há muitos dias trabalhando em cenários, desdobramentos e projeções para poder apresentar uma proposta do Poder Executivo. Mas, óbvio, que a proposta da Assembleia, construída com o Fórum Sindical, será toda analisada”, prometeu Modesto.

“Vamos passar o final de semana trabalhando com os números. Faremos todo esforço para entregar o mais rápido possível uma proposta. Mas repito: uma proposta que seja factível com a situação econômica e financeira do Estado. Por conta da atual crise dissemos não à reposição integral no mês de maio. Há que se ter uma proposta que seja factível, para não colocar em risco a folha de pagamento”.

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