Reportagem
Mato Grosso do Norte
Com falta de água que vem acontecendo em diversos bairros de Alta Floresta, em função do clima seco e período de estiagem, vereadores de Alta Floresta voltaram a criticar a empresa Águas Alta Floresta, devido as reclamações dos moradores, durantes as sessões do poder Legislativo.
Na sessão da última terça-feira, o vereador Mequiel Zacarias (PT), disse que a Câmara de Alta Floresta irá se reunir com a direção da empresa Águas Alta Floresta, concessionária dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, para discutir a revisão do contrato que a concessionária tem com o município.
A concessão é de 2002. E desde então, segundo Mequiel [que usou a tribuna da Câmara para comentar o problema] a prefeitura de Alta Floresta não encarregou sequer um fiscal de contrato para acompanhar as ações da empresa, inerentes as suas atribuições no município.
“A gente critica a empresa, mas não enxergamos que o poder concedente, que é a prefeitura, sempre fez corpo mole para acompanhar o processo de concessão.
É fácil criticar a empresa, e de fato ela tem muitas coisas para resolver, mas a prefeitura não faz absolutamente nada para que o contrato seja cumprido. Assim fica fácil a empresa não atender a função”, observa.
Segundo ele, é preciso que se conheça o contrato de concessão, feito há 18 anos e que não atenderia mais as demandas da cidade. Entretanto, a empresa está respaldada pelo contrato. Desta forma, o vereador observa que é necessário fazer a revisão do mesmo para adequá-lo a realidade atual. “Se não fizermos a revisão do contrato, a empresa tem respaldo para fazer uma série de coisas”, disse.
De acordo com Mequiel, a discussão sobre a situação da empresa começou em setembro de 2019, com a presença de um diretor da mesma, que veio de Cuiabá. E na oportunidade foram feitos diversos acordos que até agora não foram cumpridos pela concessionária. “Haveria uma reunião na sexta-feira da semana passada, entre vereadores e representantes da Águas Alta Floresta. Mas apesar de a empresa ter sido oficializada, os vereadores esperaram, ninguém que a representassecompareceu na reunião”, disse.
O vereador disse que com a negativa da empresa em comparecer, procurou o Ministério Público, a prefeitura e a própria empresa, para que a reunião aconteça no dia 15 de setembro, data para na qual foi agendada.
“É uma reunião dentro do processo extraoficial que está tramitando no Ministério Público. Vamos deliberar sobre o que havia sido combinado em 16 de setembro do ano passado. E entre as questões, o primeiro ponto é a revisão contratual. Sem revisão contratual, não adianta ficarmos questionando. Não tem como um contrato feito em 2002, considerando as mudanças neste período, ser bom para o poder concedente. Precisamos fazer a revisão e o município tem que assumir com seriedade este processo para que o contrato de concessão de água e esgoto seja revisado”, relata o vereador.